Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Ásia

Golpistas se unem e formam novo governo no Paquistão

A Liga Muçulmana Paquistanesa-Nauar (PMLN) e o Partido Popular Paquistanês (PPP) chegaram a um acordo para governar conjuntamente

No dia 14 de fevereiro, foi oficializada a formação de um novo governo no Paquistão. Este governo, entretanto, é decorrente de um golpe, que teve como auge a prisão e a destituição dos direitos políticos do candidato mais popular, Imran Khan. A Liga Muçulmana Paquistanesa-Nauar (PMLN) e o Partido Popular Paquistanês (PPP) chegaram a um acordo para governar conjuntamente, excluindo o Movimento Paquistanês pela Justiça (PTI), partido de Khan, do governo.

Os candidatos ligados ao partido Movimento Paquistanês pela Justiça, liderado pelo ex-primeiro-ministro Imran Khan (PTI), conquistaram mais assentos do que os dois partidos na votação manipulada. Imran Khan, líder popular, foi condenado a prisão e proibido de participar da política de seu país, forçando seus companheiros de partido a concorrerem como independentes.

Apesar da repressão contra o PTI, seus candidatos conseguiram 93 assentos, mas não alcançaram a maioria de 169 no parlamento. Os aliados de Khan rejeitaram os resultados e acusaram a nova coalizão de “ladrões de mandato”.

Enquanto Shahbaz Sharif está prestes a assumir como primeiro-ministro pela segunda vez, conforme assegura o acordo para a formação da coalizão, Asif Ali Zardari, do PPP, será apoiado pela coalizão para a presidência. A votação parlamentar para eleger o primeiro-ministro está marcada para o final de fevereiro, seguida por eleições separadas para o presidente.

No sábado (17), Liaqat Ali Chattha, funcionário importante do governo, confessou ter ajudado a manipular as eleições do país. O comissário da cidade de Rawalpindi, onde fica localizada a sede militar do Paquistão, anunciou que se entregaria à polícia. Chattha, antes de renunciar ao cargo, disse ter supervisionado a manipulação de votos e “convertido os perdedores em vencedores, revertendo margens de 70.000 votos em 13 assentos da assembleia nacional”, ele relatou aos repórteres, acrescentando: “por cometer um crime tão hediondo, vou me entregar à polícia”. 

Além disso, os resultados eleitorais foram afetados por atrasos devido à suspensão dos serviços de telefonia móvel. Os independentes, mais inclinados a Khan, ganharam vantagem em mais de 100 assentos, enquanto os partidos tradicionais como PMLN e PPP obtiveram resultados mistos.

Os partidos esperados para dominar eram os candidatos de Khan, cujo PTI venceu a última eleição nacional, e o PMLN de Sharif. Khan afirmou anteriormente que o exército está trabalhando contra seu partido, enquanto analistas e oponentes afirmam que Sharif está sendo apoiado pelo exército. “Estou confiante de que formaremos um governo”, informou um assessor próximo de Sharif, Ishaq Dar, à GEO TV, acrescentando que o PMLN poderia participar de uma coalizão com o apoio de independentes.

A violência durante o processo eleitoral também levanta preocupações, com relatos de ataques e mortes em várias regiões. Apesar de milhares de tropas terem sido destacadas nas ruas e nos postos de votação durante as eleições, e as fronteiras com o Irã e o Afeganistão terem sido temporariamente fechadas, 12 pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas em 51 explosões de bombas, ataques com granadas e tiroteios, principalmente nas províncias ocidentais.

O Ministro do Interior interino, Gohat Ejaz, também afirmou: “apesar de alguns incidentes isolados, a situação geral permaneceu sob controle, demonstrando a eficácia de nossas medidas de segurança”.

O diretor da Netblocks, empresa de segurança digital, Alp Toker, descreveu o bloqueio da Internet no Paquistão que iniciou nas vésperas da eleição e se mantém até agora como um dos mais rigorosos e extensos já observados em qualquer país. O partido de Khan foi proibido de realizar campanhas, e seus membros foram detidos ou obrigados a deixar o país.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.