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Guerra em Gaza

Forças de ocupação sionistas insistem em falsificar a realidade

Segundo pronunciamento oficial das forças de ocupação, apenas 236 sionistas teriam sido aniquilados pela resistência em Gaza após pouco mais de quatro meses de combate

Nesta segunda-feira (20), as forças israelenses de ocupação divulgaram mais uma morte em suas fileiras desde que a resistência palestina deflagrou a revolucionária Operação Dilúvio de al-Aqsa, em 7 de outubro de 2023.

Segundo o anúncio, a resistência palestina aniquilou o Sargento Simão Xlomove, um soldado da 35ª Brigada de Paraquedistas, pertencente ao 202º Batalhão. Natural da cidade de Quiriate Bialique, o sionista foi eliminado no sul de Gaza, no domingo.

Com isto, de acordo com informações oficiais das forças de ocupação, o número de sionistas mortos desde o 7 de outubro chega a 573. Contudo, destes, apenas 236 foram mortos após o início da ofensiva terrestre em Gaza. Os outros teriam sido mortos pela resistência durante a Operação Dilúvio de al-Aqsa.

Não se pode levar a série esse tipo de informação proveniente dos sionistas. O Estado de “Israel” utiliza de sua máquina de propaganda para falsificar a realidade, diminuindo consideravelmente o número de mortos em suas fileiras. Nem mesmo a imprensa sionista (que também é especialista em falsificar a realidade para criar uma imagem mais favorável para o Estado de “Israel”) consegue esconder que a realidade é muito diferente.

Assim, vale mencionar que, há cerca de 10 dias, o jornal Yediot Ahronot publicou matéria informando que os hospitais israelenses já haviam tratado mais de 13 mil soldados feridos desde o último 7 de outubro. Apesar de parte dos feridos já terem sido liberados após o devido tratamento, o jornal noticiou que cerca de 2.830 ainda permaneciam internados.

Ora, se o número de feridos chega a 13 mil, não se pode acreditar que o número de sionistas mortos pela feroz resistência palestina (e sua guerra de guerrilhas) em Gaza é de apenas 236. Isto em mais de quatro meses de conflito. Além disso, deve-se frisar que esse número de 13 mil é subnotificado.

Afinal, o Estado de “Israel” censura a sua própria imprensa, impedindo-a de divulgar dados que comprometam sua “segurança nacional”. Não! Isto não é teoria da conspiração. “Israel” tem uma agência de espionagem chamada Aman, que faz parte das forças de ocupação. É uma das três grandes agências espiãs, que formam a Comunidade de Espionagem Israelense (sendo as outras duas o Shin Bet e o Mossad).

Dentro da Aman, existe um órgão chamado “Censor Militar Israelense, órgão este encarregado de realizar censura prévia de informações que possam afetar a ‘segurança’ do Estado de ‘Israel’, impedindo-as de serem publicadas nos jornais da imprensa sionista. A pessoa que preside o órgão, o Censor Chefe, é nomeado diretamente pelo ministro da defesa de ‘Israel’, o que demonstra que a principal preocupação com a censura é o combate à resistência armada contra o sionismo, especialmente a do povo palestino”, conforme exposto recentemente por este Diário, em matéria específica sobre a Aman. Releia:

Aman: a maior das agências de espionagem do sionismo

Assim, é seguro dizer que o número de sionistas aniquilados pela heroica resistência palestina é muito maior do que apenas 236.

Nesse sentido, destaca-se ainda que, já em dezembro, o portal de notícias israelense Walla noticiou que cerca de cinco mil soldados sionistas tinham sido feridos desde o dia 7 de outubro, sendo que dois mil destes foram declarados incapacitados de voltar ao combate. Traduzindo-se: baixas.

Ainda naquele mesmo mês, o já citado Yediot Ahronot reportava que, a cada dia, 60 novos soldados israelenses eram admitidos em departamentos de reabilitação de hospitais, dando um indicativo do elevado número de baixas nas fileiras sionistas.

Não bastando, conforme noticiado por este Diário na segunda quinzena de janeiro deste ano, o Hesbolá já havia causado duas mil baixas entre as tropas israelenses desde o início dos conflitos. Por baixas, leia-se: mortos e feridos.

Ora, se apenas o Hesbolá promoveu tamanho estrago, e levando-se em conta que o Partido de Alá está agindo de forma extremamente contida no norte de “Israel” e no sul do Líbano, o que dizer do estrago que as organizações da resistência palestina estão fazendo contra os sionistas na Faixa de Gaza?

Nesse sentido, vale mencionar algumas das informações mais recentes repassadas por Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, que contribuem para desmascarar a farsa dos israelenses, de que poucos mais de 200 de seus soldados teriam morrido. As brigadas são o braço armado do Hamas.

No dia 28 de dezembro, Obeida anunciou que mais de 825 veículos militares israelenses haviam sido atingidos desde o início do conflito, sendo três helicópteros nos dois dias anteriores àquela data. Na ocasião do pronunciamento, fez questão de destacar que muitas fotos foram publicadas documentando “nossos combatentes visando soldados e veículos inimigos”.

Desde então, as brigadas do Hamas aniquilaram muitos outros sionistas, destruindo inúmeros equipamentos e veículos militares.

Entre os dias 18 e 25 de janeiro, os combatentes realizaram 57 operações bem sucedidas, que resultaram na morte de 53 oficiais e soldados sionistas das forças de ocupação. Frisa-se que os ataques foram realizados “à queima-roupa”, isto é, com os combatentes da resistência chegando muito próximo das tropas sionistas, demonstrando a superioridade dos palestinos no combate em Gaza. No que diz respeito à perda de equipamento militar, as operações citadas acima resultaram na destruição de 68 veículos.

Ou seja, se, em apenas uma semana, só o Hamas aniquilou 53 sionistas, o que dizer em mais de quatro meses de combates? Levando-se em consideração ainda que há outras organizações travando a resistência, tais como a Jiade Islâmica, a Frente Popular para a Libertação da Palestina, a Frente Democrática para a Libertação da Palestina, as Brigadas dos Mártires de al-Aqsa, os Comitês de Resistência Popular e outras menores.

Assim, não se pode crer na história mal contada de que apenas 236 sionistas morreram em Gaza desde o início do conflito, como dizem as forças de ocupação.

Mesmo porque, conforme noticiado por este Diário em 20 de novembro de 2023, David Orin Baruch, diretor do cemitério Monte Herzl, a oeste de Jerusalém Oriental ocupada, disse que um enterro era organizado a cada hora, para os soldados israelenses mortos em Gaza. De forma que, naquelas últimas 48 horas, “apenas no Monte Herzl, enterramos cerca de 50 mortos”.

Israel falsifica baixas militares para encobrir fracasso

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