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Imprensa burguesa

Folha de S. Paulo: a lambe botas do imperialismo

Ao criticar governo Lula, jornalista da Folha revela a quem serve

No artigo Lula, o lambe-botas, publicado pela Folha de S.Paulo, uma tal Lígia Maria, que se diz mestre em jornalismo, apresenta o presidente Lula como um “lambe botas de ditaduras” – isto é, uma pessoa completamente submissa e servil aos “ditadores”. Como será demonstrado no presente texto, tudo o que Lygia Maria consegue comprovar, no entanto, é que ela é que é uma lambe botas dos governantes mais sanguinários do planeta Terra.

Na atual etapa de decadência do sistema capitalista, não há governo que não seja uma ditadura. Quando alguém fala em “ditadores”, cabe, então, perguntar ao que se está referindo exatamente.

Se há algo que se destaque quando o assunto é ditadura, são os países que estão mais umbilicalmente ligados ao imperialismo. É o caso, por exemplo, do ditador Benjamin Netanyahu, do Estado de “Israel”, que governa um verdadeiro regime de apartheid social. É o caso dos Estados Unidos, que não apenas financia a matança na Faixa de Gaza, como também reprime os seus cidadãos sob o pretexto de “combate ao antissemitismo”.

Será que é desses ditadores que Lygia Maria fala? Será que sua grande preocupação é a de que Lula estaria próximo daquilo que há de mais reacionário no planeta, que é a dominação imperialista?

É claro que não. Diz ela:

“Quando Luiz Inácio Lula da Silva disse que Israel fazia em Gaza aquilo que Hitler fez com os judeus, repórteres perguntaram a opinião dele sobre o que ocorria na Venezuela naquele mesmo dia. Lula, que tudo sabia sobre o Oriente Médio, respondeu que desconhecia o que se passava numa nação vizinha ao Brasil. Mas enquanto o presidente achincalhava nossa diplomacia, o ditador Nicolás Maduro expulsava do país os funcionários do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, instalado em 2019 para investigar abusos cometidos pelas forças de segurança”.

Criticar Benjamin Netanyahu seria, para Lygia Maria, “achincalhar nossa diplomacia”. Isto é, segundo a autora, o grande “ditador” do planeta seria o presidente venezuelano Nicolás Maduro, e não o sanguinário Benjamin Netanyahu. Se Lula fosse “amigo” de Netanyahu, não seria “amigo” de um ditador. Se fosse “amigo” de Joe Biden, seria “amigo” de um grande democrata. O que Lula não poderia fazer é ter como aliado Nicolás Maduro!

A argumentação de Lygia Maria é de um cinismo impressionante. Diz ela: “O relatório mais recente da ONU listou 122 pessoas torturadas, com a anuência da alta cúpula do poder venezuelano”. O que a ONU diz não é prova de nada – basta ver a fanfarronice que a Organização das Nações Unidas está fazendo no caso dos supostos estupros cometidos pelo Hamas. A própria ONU, ao acusar o partido islâmico, admitiu que não tinha prova alguma.

Mas ainda que o relatório fosse procedente, seriam 122 pessoas torturadas. Um número ridículo quando comparado ao que os verdadeiros ditadores fazem. Somente em Gaza, “Israel” assassinou mais de 15 mil crianças. Há alguma comparação possível? No Iêmen, mais de 400 mil pessoas morreram em decorrência de uma guerra criminosa. Há alguma comparação?

Na Argentina, o presidente Javier Milei tenta transformar em crime qualquer manifestação que não seja autorizada pelo Estado. No Peru, o presidente deposto Pedro Castillo corre o risco de ficar 34 anos preso. No Equador, o Estado de sítio já se tornou o “normal” do regime político. Há alguma comparação?

No final do texto, Lygia Maria conclui que

“Lula posa de arauto global da democracia e dos direitos humanos, mas há tempos é lambe-botas de ditaduras”.

Não, Lula não é um lambe botas das ditaduras monstruosas do imperialismo. Ao se aliar a Nicolás Maduro, Lula está se posicionando, ainda que timidamente, ao lado daqueles que têm suas contradições com o imperialismo.

Ao criticar Lula, por sua vez, Lygia Maria se mostra uma lambe botas dos maiores ditadores do planeta Terra: o imperialismo.

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