A principal arma dos poderosos contra a Palestina é a mentira, melhor dizendo, a mentira profissional, industrial, os meios de comunicação da imprensa capitalista, que buscam gente como os farsantes que hoje dirigem o Fatá para espalhar mentiras contra o Hamas, partido que organizou o movimento de resistência armada dos palestinos.
Em texto divulgado na internet, o Fatá, que é quem controla o governo artificial chamado de “autoridade palestina” pelos norte-americanos e os sionistas, calunia o Hamas afirmando que:
O “Hamas, que causou a Nakba e a reocupação da Faixa de Gaza por Israel, não tem o direito de determinar as prioridades do povo e está realmente desligado da realidade”. Isso é mentira.
A situação da Cisjordânia já era de ocupação ostensiva dos sionistas de “Israel”, muito antes da ação do Hamas, e de outras organizações palestinas, no dia 07 de outubro do ano passado. Com apoio completo do governo norte-americano, o avanço das tropas sionistas sobre território palestino se deu praticamente todos os dias desde a criação artificial de “Israel”.
Em 2007, o Hamas vence a farsa do Fatá e assume o controle da Faixa de Gaza, com amplo apoio popular, já que é de conhecimento público que o Fatá era e é um fantoche norte-americano na região. O bloqueio da Faixa de Gaza vem desde essa época, com o apoio do próprio Fatá.
O texto da Fatá afirma, ainda: “estamos surpresos e lamentamos o discurso do Hamas sobre exclusividade e divisão. O Hamas consultou a liderança palestina ou qualquer outro partido quando decidiu sobre a aventura do 7º de Outubro? (…) Será que o Hamas consultou a liderança palestina e está agora negociando com Israel, oferecendo-lhe concessões atrás de concessões, sem outro objetivo senão garantir a segurança pessoal de suas lideranças, e está novamente a tentar chegar a um acordo com Netanyahu para manter o seu papel divisionista em Gaza?”
A operação de 7 de outubro de 2023 foi feita em conjunto com as principais organizações de luta dos palestinos, e incluiu organizações menores ligadas à próprio Fatá. O que a afirmação revela é que o Fatá, por se colocar na posição de administrar um governo fantoche de ‘Israel’, não é parte do processo de luta de libertação do povo palestino, mas sim um obstáculo.
“Será que o Hamas quer que nomeemos um primeiro-ministro do Irã, ou será que Teerã o nomeia para nós?”. Essa é uma acusação que está presente desde as ações de 7 de outubro. De que o Hamas estaria sendo financiado pelo Irã. Tanto um quanto outro já desmentiram essa acusação, mas para o Fatá a “informação” ainda é divulgada como se verdade fosse, e a imprensa internacional se aproveita de mais essa calúnia contra o movimento revolucionário dos palestinos.
Por outro lado, se fosse verdade que o Irã estivesse ajudando o Hamas na luta contra o estado sionista de “Israel”, nada mais natural e até louvável seria. Na verdade, será progressista e mesmo revolucionária a medida de qualquer país que resolva ajudar, financiar, defender a luta dos palestinos através do Hamas e outras organizações de luta daquele povo martirizado.
O Fatá faz o apelo para que o Hamas se mantenha dentro das leis internacionais impostas pelo imperialismo para os palestinos. Exige que o Hamas aceite a autoridade palestina, como é chamada pelos sionistas e apelam “à liderança do movimento Hamas para que ponha fim à sua política de dependência de agendas estrangeiras e regresse ao lado nacional para acabar com a guerra e salvar o nosso povo (…) para ajudar o nosso povo e a reconstrução de Gaza”.
Gaza e toda região palestina enfrentava uma ditadura nazista até a ação do Hamas do dia 7 de outubro. Essa ditadura é fruto da própria inação do Fatá, que, por suas posições, revela que está totalmente controlada pelo imperialismo norte-americano e que é uma das responsáveis pelo genocídio cometido por “Israel” na região.
O Fatá, que, na verdade, é parte fundamental da “autoridade palestina” perdeu totalmente a autoridade que já teve um dia, e revela seu desespero diante dos acontecimentos atuais.
Os comentários disponíveis no texto também revelam de que lado está o Fatá:
“O Hamas é agora o Verdadeiro Representante do Povo Palestino, enquanto o Fatá faz a aposta no Estado Sionista, minando assim os interesses dos palestinos.”
“Traidores [Fatá], o que conseguiram na margem ocidental? Só deu tempo para Israel construir mais assentamentos e engolir mais terras palestinas.”
“O Fatá e o Sr. Abbas são traidores, traíram os palestinos e a Palestina e não têm o direito de falar sobre isso, deveriam estar com os seus mestres, os sionistas.”
“Fatá e Abbas são fantoches desavergonhados. Quanto tempo vivemos sob bloqueio em Gaza enquanto esses bandidos torcem com os sionistas. Em primeiro lugar, Abbas tem de renunciar ao cargo de Presidente e realizaremos eleições gerais após a ocupação.”
“O Fatá nada mais é do que o corpo morto reanimado de um grupo de resistência caído. Um boneco zumbi controlado pelo regime de ocupação do apartheid (…) não passam de uma vergonha.”
O texto da organização está repleto de mentiras contra o Hamas, e faz parte da campanha geral do imperialismo contra os combatentes palestinos, que resolveram, em conjunto com outras organizações e com amplo apoio dos palestinos, dar um basta ao martírio imposto pelos sionistas na região.