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Palestina

Falsificação sionista: o antissemitismo que ninguém vê

A evocação do antissemitismo, fenômeno enterrado pela humanidade, é uma farsa para a defesa da supremacia racial do Estado de "Israel"

Sob título de “Sim, eles reagiram!”, uma nova peça na campanha sionista de invocar um nazismo falsificado para atacar o Hamas foi publicada no Globo, assinado por Sofia Débora Levy, representante para a memória do Holocausto do Congresso Judaico Latino-Americano, no último sábado, 27 de janeiro. Aliado sempre à invocação do antissemitismo, entramos novamente num texto de mera propaganda sionista. Vejamos o que diz o jornal do imperialismo.

Não fosse o olho do artigo, “O antissemitismo não desapareceu. A existência do Estado de Israel busca reafirmar o direito dos judeus à autodeterminação“, a litania inicial poderia ser um elogio à ação do Hamas. Após tanto falar em nazismo, diz a autora:

“Ao contrário do que muitos questionaram, as vítimas perseguidas reagiram, sim, como podiam, diante da covardia nazista. E milhares de pessoas que não eram alvo direto dos nazistas reagiram correndo risco de vida para salvá-las, na luta contra a tirania.”

É justamente o que faz o Hamas, contra um inimigo muito mais poderoso, um verdadeiro monstro que estende sua propaganda até o Brasil: o partido palestino luta com lançadores de foguetes contra tanques, helicópteros e jatos de última geração. E reagem ao bloqueio, à limpeza étnica levada a cabo pelo sionismo, colocando-se frente a frente com esse inimigo.

Segundo a autora, porém, “o antissemitismo não desapareceu”. Vejamos este ponto: a extrema direita mundial está alinhada com o enclave sionista no Oriente Médio, basta ver o bolsonarismo, que desfilava já muito antes do 7 de outubro de 2023 com bandeiras de “Israel”. Onde estão as sinagogas queimadas? Vemos constantemente o bombardeio de mesquitas e igrejas na Palestina, mas não de sinagogas. E não há hoje grupos de extrema direita que se posicionem contra os judeus porque, precisamente, a burguesia que impulsionou o povo alemão ao ódio racial como bode expiatório na década de 1930 está hoje, 100 anos depois, alinhada, em fileiras cerradas, na defesa da base militar sionista.

“A existência do Estado de Israel busca reafirmar o direito dos judeus à autodeterminação, conforme as diretrizes políticas internacionais. Mas, desde 1948, esse reconhecimento é questionado por meio da repetição de campanhas preconceituosas contra os judeus, como aconteceu antes e durante o Holocausto”, segue a matéria no Globo. Uma farsa total.

O Estado de “Israel” já surge como um empreendimento imperialista e sionista, supremacista racial, desde antes da idealização de seu estabelecimento estar decidida para a Palestina. Desde 1948, data decisão absurda da ONU, a criação da base militar imperialista no Oriente Médio é questionada justamente por isto, que nada tem a ver com “campanhas preconceituosas contra os judeus”, mas com a defesa dos povos árabes e de sua soberania.

Novamente, como em toda a campanha feita pelo sionismo e em sua defesa, fala-se em democracia, liberdades; mas não é citada a estrutura legal de “Israel”, marcada pelo apartheid oficial, em que árabes são cidadãos de segunda classe (quando muito), não tendo direito sequer de circular em determinadas estradas da região por sua etnia.

“A repetição de palavras de ordem com a finalidade de chocar — em vez da verificação dos fatos históricos e dados de realidade — só intensifica preconceitos e intolerância. Essa tendência tem de ser combatida para, desse modo, demonstrarmos que aprendemos, com a história do Holocausto, a dar um novo patamar político-social para a preservação da humanidade.”

As colocações chegam a ser absurdas. Toda a argumentação sionista é baseada na falsificação histórica e dos acontecimentos atuais, com tiradas sem lógica voltadas unicamente para produzir um estado de choque e histeria. A história dos 40 bebês, dos estupros, das bases sob os hospitais, tudo mentira comprovada inclusive nas páginas da imprensa israelense. Um escárnio.

Em sua conclusão, se repete este ponto cínico de Sofia Débora e do sionismo em geral:

“O combate à barbárie se faz com o dever da memória honrosa, mas também com o esclarecimento da História e com o combate da sua distorção.”

As falsificações sionistas estão vindo abaixo após a operação Dilúvio de Al-Aqsa. O aumento estrondoso na campanha do “antissemitismo” é sinal da debilidade da propaganda sionista, que cai por terra em todo o mundo. E, à medida que se dá a ruína dessa propaganda, o mundo inteiro concorda em uma coisa: nunca esteve tão perto de cair por terra o Estado de “Israel”.

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