Na terça-feira (23), os EUA ameaçaram o Paquistão com sanções como retaliação ao acordo comercial que o país assinou com o Irã. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, afirmou: “aconselhamos quem estiver considerando negócios com o Irã a estar ciente do potencial risco de sanções. Em última análise, o Governo do Paquistão pode falar sobre seus próprios objetivos de política externa”.
A ameaça aconteceu depois que o presidente iraniano Ebrahim Raisi chegou ao Paquistão em 22 de abril e se encontrou com o primeiro-ministro paquistanês Shehbaz Sharif. Este é um aliado dos EUA imposto pelo regime do golpe de Estado. Os EUA derrubaram o primeiro-ministro nacionalista do Paquistão, Imram Khan, em 2022.
O governo dos EUA quer impedir a criação de um gasoduto que ligue o Irã ao Paquistão. O projeto já está sendo adiado há quase uma década, o principal motivo é a pressão dos EUA. O secretário assistente do birô de assuntos da Ásia central e do sul, Donald Lu, afirmou: “eu apoio totalmente os esforços do governo dos EUA para impedir que este gasoduto aconteça. Estamos trabalhando para que isso aconteça”.
Donald Lu foi uma das figuras dos EUA ligada ao golpe de 2022 no Paquistão.