Ante o processo aberto pela África do Sul contra o Estado de “Israel” na corte internacional de justiça sob acusação de genocídio, os EUA foram obrigados a se pronunciar. Na quarta-feira (3), o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, se posicionou: “o genocídio é, obviamente, uma atrocidade horrenda, uma das mais horrendas que qualquer indivíduo pode cometer. Essas são alegações que não devem ser feitas levianamente, e no que diz respeito aos Estados Unidos, não estamos vendo atos que constituam genocídio”.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, foi ainda mais longe, afirmando que as acusações contra “Israel” eram “sem mérito”. Ele acrescentou que o caso da TIJ apresentado pela África do Sul era “contraproducente e completamente sem qualquer base factual”. O motivo que os EUA negam o fato de “Israel” estar praticando um genocídio é porque eles são a principal força por detrás desse genocídio. Os EUA providenciam as bombas, os blindados, os aviões, o apoio econômico e o apoio político que permite as ações de “Israel”. Sem a participação dos EUA não haveria genocídio.
O pouco menos de 3 meses o Estado de “Israel” assassinou mais de 23 mil pessoas na Faixa de Gaza, sendo um terço crianças. Além disso, destruiu quase toda a infraestrutura, deixando 85% da população desabrigada. “Israel” também destruiu totalmente ou desativou 77% dos hospitais na Faixa de Gaza. Enquanto isso, impôs um bloqueio impedindo a entrada de alimentos e combustível ou apenas permitindo quantidades ínfimas nos momentos de maior crise.