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Coluna

Eu defendo o Hamas, bolsossionistas desesperados não me intimidam

Ataque coordenado dos sionistas, com comentários de ameaça e calúnias, tenta, inutilmente, abalar minha defesa à resistência armada palestina

No dia 25 de abril, publiquei uma foto com uma camiseta do grupo político mais popular da Palestina, o Hamas. Uma camiseta produzida pela Loja do PCO que, entre outras, divulga os grupos de resistência armada que lutam pelo povo palestino.

A publicação dessa foto já alcançou mais de dois milhões de visualizações, milhares de compartilhamentos e mais de sete mil comentários. Os comentários, em sua maioria, são negativos, pois os sionistas organizaram um ataque coordenado à minha publicação numa tentativa de me intimidar e caluniar o grupo político Hamas.

Dentre os comentários negativos, é irônico notar a hipocrisia dos sionistas. A maioria deles levanta questões sobre o tratamento das mulheres palestinas, sugerindo que se eu estivesse na Palestina com a camiseta, sem cobrir o rosto e os braços, seria apedrejada ou sexualmente violentada pelos combatentes do Hamas, pois é isso que eles fazem.

É irônico porque, ao afirmar que o Hamas não respeita as mulheres, os comentários dos bolsonaristas são totalmente desrespeitosos comigo, uma mulher brasileira. Muitos desejam que eu seja estuprada, violentada e queimada viva, mostrando que eles são os verdadeiros bárbaros, ao contrário dos combatentes do Hamas, que, na verdade, são islâmicos e, de acordo com sua religião, não podem sequer encostar em uma mulher que não seja sua esposa, dada a reverência religiosa que têm pelas mulheres.

Já os brasileiros que afirmam que os combatentes do Hamas fariam isso comigo por ser mulher mostram que são os bolsonaristas que são a favor desse tipo de tratamento com as mulheres que não compartilham de suas opiniões. No meu caso, desejam todo tipo de violência, simplesmente porque apoio um determinado grupo político.

Essa situação também revela a demagogia dos bolsonaristas em relação à defesa da liberdade de expressão. No Brasil, o Hamas é considerado um grupo político. Até mesmo a ONU não declara o Hamas como terrorista. Então, em tese, estaria expressando minha opinião, que é a favor de um determinado grupo político, por meio das minhas redes sociais e do uso da camiseta. E, ao expressar, essa opinião, centenas de bolsonaristas não apenas defendem que eu seja censurada, mas também que eu seja brutalmente violentada por ter usado uma camiseta.

Isso mostra que eles não são a favor da liberdade de expressão nem dos direitos das mulheres. Se desejam que eu sofra as piores violências por expressar minha opinião, estão me desejando tortura e prisão; na verdade, defendem uma verdadeira ditadura, tão cruel quanto as que eles afirmam existir na Palestina, no Irã etc.

Recebi mensagens, até mesmo em outras redes sociais, no privado, com o mesmo teor de conteúdo, desejando que eu fosse brutalmente violentada, ameaçada de prisão, assediada, entre outras coisas.

Diante desse ataque sionista, que é apenas um entre vários ataques que o Partido da Causa Operária está enfrentando, tivemos todos os nossos canais no YouTube demonetizados, mais de quarenta vídeos apagados e o sítio da Loja do PCO também foi retirado do ar por estar hospedado em uma plataforma sionista.

Recentemente, Natália Pimenta, membro do Comitê Central Nacional do PCO, também teve sua conta retirada do X por conta de um ataque coordenado de denúncias dos sionistas. Portanto, é evidente que esse ataque à minha publicação é uma tentativa de me assediar, um ataque entre tantos outros que nosso Partido vem sofrendo por ser o Partido que mais defende o povo palestino e sua resistência armada. Inclusive, com um trabalho excepcional de divulgação sobre quem verdadeiramente é o Hamas: recentemente, uma comitiva do PCO esteve reunida com o birô político do Hamas e pôde realizar uma entrevista que será divulgada amplamente por todo o Brasil e pelo mundo, contando qual é a política do Hamas para o povo palestino e por que merecem o título de heróis da luta contra o sionismo.

Esses ataques acontecem em um momento em que os países imperialistas, como os EUA, França e Alemanha, tentam reprimir violentamente a onda de manifestações de estudantes universitários contra o genocídio da população palestina. É evidente que o ataque desesperado dos sionistas contra aqueles que defendem os palestinos é proporcional à derrota e à desmoralização total de “Israel” diante do mundo.

Portanto, quero deixar claro que, apesar dos milhares de comentários dos sionistas, de intimidação contra a minha publicação em defesa do Hamas, não deixarei de defender o povo palestino e o grupo que está à frente da luta contra o sionismo. Assim como o meu Partido, o PCO, não se curvará à censura, aos processos e ameaças, nem às intimidações, também não me curvarei. Tenho orgulho de defender aqueles que lutam e nunca se curvam; sou uma deles!

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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