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América Latina

Dois pesos e duas medidas em relação à Venezuela

Os "democratas" que atacam as eleições venezuelanas não falaram nada sobre a tentativa de assassinato de Maduro

As opiniões do imperialismo são o melhor termômetro da política em cada país. Se um governo é acusado de ser uma ditadura, podemos ter certeza que se trata de um país cuja participação popular é a mais ampla possível. Se o imperialismo defende algum governo, pode ter certeza que estamos diante da pior ditadura.

Esse é o melhor método para entender o que se passa na Venezuela. Com as eleições se aproximando, o imperialismo intensificou seus ataques contra o país.

Nessa quarta-feira (27), o Departamento de Estado norte-americano condenou o fato de que a candidata de oposição na Venezuela Corina Yoris, escolhida para substituir María Corina Machado, que teve a candidatura bloqueada; não conseguiu se registrar ao pleito.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou em comunicado que é preciso permitir “eleições livres e justas”, caso contrário haverá “consequências”. Os Estados Unidos podem voltar a intensificar as sanções contra a Venezuela.

Em comunicado, o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano repudiou as acusações do imperialismo, chamando-as de “insolentes e falsas”. Na nota, o Conselho afirma, ainda, que as eleições, que ocorrerão no próximo dia 28 de julho, serão a 31ª em 25 anos e destaca que os venezuelanos poderão escolher entre 13 candidaturas inscritas, com participação de 37 organizações e partidos.

Com as acusações do Departamento de Estado norte-americano, logo apareceu a imprensa capitalista e outros governos imperialistas para criticar a Venezuela. Até mesmo Lula, tradicional aliado do regime venezuelano, afirmou, de modo infeliz, ser “grave” a não inscrição de Corina Yoris.

Toda essa gritaria não foi vista diante da tentativa de assassinato contra Nicolás Maduro, no último dia 25. Na realidade, quase nada foi dito na imprensa imperialista e pró-imperialista sobre o caso.

Para o imperialismo, a tentativa de assassinato de Maduro, o que equivaleria a um golpe de Estado, vale muito menos do que uma suposta medida anti-democrática na eleição, medida que até agora ninguém conseguiu provar não passar de tecnicalidade e de um erro da própria oposição.

O comportamento do imperialismo revela a farsa. Os Estados Unidos não estão preocupados com nenhuma democracia, mas em impor aos países que se rastejem diante de seus interesses.

Para os Estados Unidos, é “democrático” o regime de Zelenski, que está compulsoriamente jogando seus cidadãos para morrerem na guerra como bucha de canhão do imperialismo. Outro grande “democrata” é Benjamin Netaniahu, que já matou cerca de 40 mil palestinos. “Ditadura” mesmo é o regime da Venezuela, que fez 31 eleições em 25 anos.

Outra coisa interessante é que, no Brasil, Lula foi ilegalmente impedido de concorrer em 2018 e os norte-americanos não falaram nada sobre a democracia no Brasil.

O cinismo do imperialismo é gigantesco. Por isso, é preciso denunciar essa política e defender incondicionalmente a Venezuela diante destes ataques dos norte-americanos justamente por não se curvarem diante deles.

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