Após o judiciário condenar o ex primeiro-ministro do Paquistão derrubado pelo golpe de 2022 a 10 anos de prisão, a repressão também chegou a sua esposa. Imran Khan e Bushra Kham ambos foram condenados no mesmo caso de Toshkhana. A Autoridade Nacional de Responsabilidade apresentou uma nova acusação contra eles: “manter um conjunto de joias recebido do príncipe herdeiro da Arábia Saudita em uma avaliação subvalorizada”.
A sentença também inclui a desqualificação de 10 anos para ocupar cargos públicos, de acordo com o partido do ex-premiê, PTI (Movimento Paquistanês pela Justiça). O partido também informou que Bushra Khan foi presa logo após a sentença. A condenação pelo tribunal em Islamabade, capital do país, ocorre um dia depois que Khan recebeu uma pena de 10 anos em outro caso, no qual foi considerado culpado de supostamente revelar segredos de Estado.
A ditadura do Paquistão se fecha, pois as eleições aconteceram no mês de fevereiro. Khan é de longe a figura mais popular do país e por isso os militares que controlam o regime político estão reprimindo cada vez mais não só o próprio Khan como o seu partido.