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Oriente Médio

Ditadura do Egito prende 250 torcedores por apoio à Palestina

Sendo o esporte mais popular do mundo, o futebol acaba sendo um palco para as lutas políticas. Na ditadura egípcia, a solidariedade aos palestinos é criminalizada.

Na sexta-feira, 14 de junho, o clube Al Ahly enfrentou o Phaco pelo Campeonato Egípcio, vencendo a partida por 2 x 1. O Al Ahly é, ao lado do Al Ittihad, o time mais conhecido do Egito aqui no Brasil, especialmente por suas participações no mundial da FIFA. Porém, o que chamou a atenção não foi o que aconteceu dentro das quatro linhas, mas nas arquibancadas. Cerca de 250 torcedores do Al Ahly foram presos por manifestarem apoio ao povo palestino.

Sendo uma bandeira histórica dos torcedores, o apoio à causa palestina ganhou maior destaque diante da ofensiva genocida das forças militares da ocupação sionista desde o 7 de outubro em 2023. Relato publicado no New Arab dá conta de que as forças de segurança já estavam em alerta por conta dos cantos de apoio aos palestinos. O estopim para a repressão teria sido o hasteamento de uma bandeira da Palestina, símbolo proibido pela ditadura de al-Sisi.

Expulsos do estádio, os torcedores foram seguidos pelas forças de repressão e após o confronto foram detidos. Foram libertos no dia seguinte, porém sob ameaças de novas prisões e processos caso insistam em repetir os cantos e manifestações de apoio aos palestinos nos estádios. Conforme informações da Rede Egípcia para os Direitos Humanos, mais de uma centena de egípcios ficaram detidos por meses por terem se manifestado publicamente contra a guerra de “Israel” e em apoio à população da Faixa de Gaza.

A rede informou ainda ao New Arab que desde o golpe militar que empossou al-Sisi, seu governo já prendeu mais de 60 mil “ativistas políticos e defensores dos direitos humanos”, muitos sem nem qualquer julgamento. As condições nas prisões egípcias também chamam a atenção pelas más condições, que incluem a prática de torturas. Matéria do Il Manifesto, por exemplo, denuncia que pelo menos 22 pessoas já morreram em delegacias e prisões egípcias só em 2024. Vale lembrar que o próprio Mohamed Morsi, derrubado em 2013, morreu numa prisão egípcia.

Herdeiro de um golpe que derrubou o governo Morsi, eleito após a ditadura neoliberal de Hosni Mubarak, al-Sisi foi saudado pelo imperialismo como alguém que estaria restaurando a “democracia” no país. O golpe contou inclusive com a participação de ‘Israel’, como revelou o brigadeiro-general Aryeh Eldad ao jornal israelense Maariv. Um governo não alinhado ao imperialismo no Egito realmente seria um problema para a ocupação sionista na Palestina.

No entanto, a situação no Oriente Médio após a operação Dilúvio de al-Aqsa está radicalizada. Isso coloca uma enorme pressão nas ditaduras alinhadas com o imperialismo na região. Para seguir a política dos seus patrões, esses governos acabam se chocando com os valores e a cultura de suas populações. Sua identificação com o imperialismo e sua passividade em relação ao terror sionista, fazem com que esses governos percam qualquer resquício de base social. Mesmo que de forma meramente demagógica, a tendência é que tenham que se manifestar contrariamente ao que acontece na Palestina. O povo do Oriente Médio não tem dúvidas sobre de que lado estão nessa luta.

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