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Editorial

Declarações de Macron demonstram que Ucrânia está acabada

Declarações do mandatário francês indicam muitos cenários, mas de concreto, revelam que a situação do front ucraniano atingiu o fundo do poço

Com a guerra na Ucrânia praticamente perdida para o imperialismo e a “economia da Rússia desafiando os pessimistas” (como escreveu o semanário britânico The Economist), o presidente da França, Emmanuel Macron, voltou a ameaçar enviar tropas para o front no Leste Europeu, em uma tentativa desesperada de conter o avanço russo. Em entrevista às TVs França 1 e França 2, o mandatário francês manifestou preocupação com a desmoralização do imperialismo caso Moscou consiga uma vitória contra a OTAN no país vizinho, declarando ainda que um eventual envio de tropas não ocorreria agora, mas que “todas as opções são possíveis”.

É preciso acompanhar o desenvolvimento da situação para avaliar se as declarações de Macron são meras bravatas e se as potências imperialistas estão realmente decididas a uma aventura militar a partir da fronteira com a Polônia – e se tem a força política necessária para isso nesse momento de crise aguda.

Independentemente disso, as declarações de Macron expressam a total decomposição do regime ucraniano. O imperialismo já não acredita em qualquer desfecho minimamente positivo e precisa resolver um problema exposto pelo presidente francês: uma vitória russa reduz “a credibilidade da Europa a zero”.

Vendo o desenrolar da crise imperialista após a humilhante expulsão dos EUA no Afeganistão, não se trata de um problema secundário, muito pelo contrário. A própria guerra entre Rússia e OTAN na Ucrânia é um desenvolvimento desta derrota, mas não apenas isto.

O encadeamento de eventos derivados da vitória do Talibã contra os norte-americanos incluem ainda a onda de insurreições na África, onde o imperialismo francês evidenciou sua fraqueza ao perder suas posições nos países da região do Sahel, entre eles o Níger, onde um golpe nacionalista expulsou completamente a presença francesa – tropas e até mesmo o corpo diplomático presente. No continente vizinho, na Ásia Menor, o partido Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) aproveita os sinais de debilidade e empreende a mais ousada ação pela libertação da Palestina, dando início a uma verdadeira revolução nacional e levando a ditadura mundial a uma crise ainda difícil de dimensionar, tamanha sua profundidade.

Para estancar a sangria, é possível que o imperialismo esteja planejando, diante da catástrofe militar iminente, ocupar parte da Ucrânia e, assim, evitar que o país inteiro seja perdido. Um cenário possível, tendo isso em mente, seria as potências imperialistas abandonarem Quieve e tomarem a parte ocidental do país com a cidade de Odessa, deixando cair a capital. Junto a ela, o atual mandatário ucraniano, o palhaço Vladimir Zelenski, e sua trupe.

Russos ficariam com metade do país, mas não levariam toda a saída para o mar, o que permitiria aos beligerantes estabelecer uma zona de contenção. Trata-se, evidentemente, de uma hipótese. Com a estagnação econômica se aprofundando e a crise no Oriente Médio, o imperialismo pode não dispor de condições políticas favoráveis para um envolvimento direto na guerra.

A conjuntura mundial torna as declarações de Macron, nesse primeiro momento, uma provocação contra os russos. É certo, no entanto, que revela algo inocultável a essa altura: a situação na Ucrânia chegou ao fundo do poço.

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