Após as chuvas que deixaram o Rio Grande do Sul debaixo d’água, o Ministério da Educação, controlado pelo capitalista Jorge Paulo Lemann, já está tentando impor aos estudantes do estado o famigerado EAD, o ensino a distância. Durante a pandemia de coronavírus, que assolou o país e o mundo durante o período de 2021 a 2022, o modelo de ensino a distância foi imposto no Brasil.
O modelo não deu certo, com críticas por parte de alunos, professores e pais de alunos. Nada de efetivo se fez para controlar a pandemia, com o governo do famigerado Jair Bolsonaro simplesmente tratando o desastre como uma “gripezinha” e a esquerda pequeno burguesa, com a política vergonhosa do “fique em casa”.
O EAD é um sistema amplamente rejeitado por todos que conhecem a realidade do povo trabalhador, mas para o capital não importa o aprendizado do jovem, mas o quanto os capitalistas podem ganhar com uma “máquina” que não funciona. Mesmo sabendo da experiência pregressa vivida durante a pandemia, o Ministério da Educação, conjuntamente com a Secretária de Estado da Educação do Rio Grande do Sul não viram nenhum problema em impor tal solução aos estudantes vitimas das enchentes, melhor dizendo, do neoliberalismo.
A justificativa como sempre é a de os alunos não perderem o ano letivo, o que é mais importante para o sistema é calendário, e não o aprender, o conhecer, e não menos importante a socialização proporcionada pelo convívio escolar. Tudo conversa fiada para que os capitalistas lucrem ainda mais com algo que deveria ser gratuito, universal e de qualidade.
A Constituição Federal, hoje letra morta, em seu artigo 205 estabelece:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Enquanto isso, a situação no Rio Grande do Sul não melhora. Depois da chuva vem o frio, com temperaturas esperadas de 5º Celsius, com o aumento do número de desabrigados, de mortos e desaparecidos. No meio da desgraça vivida pelo povo gaúcho, a direita se aproveita para atacar o governo Lula enquanto Eduardo Leite continua na direção do estado, com o apoio da imprensa burguesa, para se safar da responsabilidade de ter colocado o povo debaixo d água.