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HISTÓRIA DA PALESTINA

Brigadas al-Quds, braço militar da Jiade Islâmica na Palestina

Brigadas al-Quds, braço militar do partido Jiade Islâmica na Palestina, teve importante papel na primeira Intifada e na intensificação da luta armada na fase de decadência da OLP

As Brigadas Al-Quds, também conhecidas como Saraya al-Quds em árabe, foram fundadas em 1981 como o braço militar da Jiade Islâmica Palestina (JIP). A JIP é uma organização militante islâmica palestina que visa a resistência armada contra “Israel” e, originalmente, a promoção de um Estado islâmico na região historicamente conhecida como Palestina. Atualmente, é signatária de um programa democrático que visa o estabelecimento de um Estado democrático e laico, programa que foi consenso nas negociações entre os demais grupos da resistência armada, como Hamas, FPLP e FDLP.

As Brigadas Al-Quds foram estabelecidas pelos fundadores da Jiade Islâmica Palestina, incluindo Fathi Shaqaqi, Abdul Aziz Awda e Bashir Musa, entre outros. Desde sua fundação, as Brigadas Al-Quds têm sido ativas na condução de operações militares contra “Israel”, incluindo ataques com foguetes, emboscadas contra alvos israelenses na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em outras áreas disputadas e operações de resgate.

Durante o Dilúvio de al-Aqsa, operação militar lançada pelo Hamas com a colaboração de outras forças da resistência armada, Abu Hamza, porta-voz das Brigadas Al-Quds, informou sobre a detenção de vários soldados do governo israelense, conforme relatado pela HispanTV.

Ao longo dos anos, as Brigadas al-Quds ganharam reputação por suas afirmações de que possui espiões dentro das Forças de Ocupação Israelense e por ter capacidade logística para a produção do próprio armamento e foguetes, que foram apresentados no dia 4 de outubro do ano passado, junto com veículos militares, mísseis e outros equipamentos avançados de combate, portados na marcha por 4,5 mil combatentes às vésperas da operação militar palestina.

A Jiade Islâmica Palestina, organização da qual as Brigadas al-Quds são o braço armado, foi fundada em 1979, na cidade de Gaza, como uma extensão da Irmandade Muçulmana Palestina e foi influenciada ideologicamente na sua formação pelo regime islâmico no Irã, sendo historicamente apoiado pelo Irã, Síria e Hesbolá. Seus fundadores foram três estudantes da Universidade Islâmica de Gaza: Fathi Shaqaqi, Abdul Aziz Awda e Bashir Musa. Sendo Shaqaqi também seu Secretário-Geral até sua morte, em outubro de 1995, pelas mãos do Mossad, agência de espionagem israelense.

A JIP foi estabelecida em decorrência do desenvolvimento da situação política no Oriente Médio, como a Revolução Iraniana e o aumento das tensões entre “Israel” e os palestinos, com a submissão da OLP e da Autoridade Palestina a “Israel”.

A JIP foi formada como uma alternativa ao Fatá, que, na época, era a principal facção dentro da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). A JIP tinha uma ideologia islâmica radical e acreditava na resistência armada como o principal meio de alcançar os objetivos palestinos, incluindo a libertação da Palestina e a criação de um Estado islâmico na região, e avaliava que cada vez mais a OLP se distanciava da capacidade de lutar pela soberania palestina.

Durante a Primeira Intifada, um levante popular palestino contra a ocupação israelense, que ocorreu de 1987 a 1993, as Brigadas al-Quds, realizaram uma série de ataques contra alvos israelenses, incluindo ataques suicidas e emboscadas contra soldados sionistas, ganhando destaque e influência por sua decisão no momento do combate.

Atualmente, a Jiade Islâmica Palestina está principalmente localizada na Cisjordânia, nas cidades de Hebrom e Jenin, auxiliando a formação de brigadas independentes na região, como pode ser observado sua influência sobre as Brigadas Tulkarem, que surgiram de palestinos radicalizados pela situação dos bairros de Tulkarem.

Com a frustração dos esforços de guerra de “Israel” contra a resistência armada, Abu Hamza, disse que “a batalha de Gaza pode em breve se espalhar para o interior da Palestina ocupada, e não está mais limitada apenas à Faixa de Gaza. Em breve, outros teatros poderão se juntar à batalha”.

A organização nasceu com o objetivo de promover a resistência armada contra a ocupação israelense dos territórios palestinos. Desde sua fundação, a JIP tem defendido a luta armada como um meio legítimo de alcançar os objetivos palestinos, incluindo a criação de um Estado palestino independente e a libertação de terras consideradas historicamente como parte da Palestina. A Jiade Islâmica na Palestina é atualmente a segunda maior força da resistência armada palestina, atrás apenas do Hamas.

Apesar da retórica religiosa inicial, se fez claro recentemente o compromisso da organização com o programa para a Palestina da qual são signatários os integrantes da resistência armada palestina, que visa, de maneira democrática, “convocar uma reunião nacional abrangente que inclua todas as partes sem exceção para implementar o que foi acordado em diálogos palestinos anteriores e enfrentar as consequências da brutal guerra contra nosso povo na Faixa de Gaza e os ataques bárbaros por gangues de colonos e forças de ocupação, bem como projetos de assentamento e anexação na Cisjordânia, especialmente em Jerusalém”.

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