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Editorial

Ao invés de espernear, esquerda deve ir às ruas

Ao invés de responder processos e polícia, ex-presidente apela à base bolsonarista

Ao contrário da esquerda pequeno-burguesa, que quer as forças repressivas no encalço dos bolsonaristas, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, resolveu devolver o ataque que sofreu chamando um ato nas ruas de São Paulo, na avenida Paulista, dia 25 próximo.

No meio da esquerda, existem muitas dúvidas em como agir politicamente contra o bolsonarismo, já sabendo que as medidas de força terão o resultado inverso do esperado. Se uma pessoa é processada pelo Judiciário, é mais fácil que se ache que o processado é inocente, exatamente o flanco que Bolsonaro pretende explorar.

Problemas políticos, assim como problemas sociais, não se resolvem através da repressão. Caso suas bases concretas não sejam modificadas, a punição apenas os agrava. Basta ver os casos de furtos, assaltos e dos demais crimes existentes. Apesar da existência de duras penas, a serem cumpridas nos campos de concentração brasileiros, a prática delitiva não reduz, muito pelo contrário, só aumenta ao longo dos anos.

Bolsonaro decidiu ensinar à esquerda brasileira como se deve fazer política. Chamou uma manifestação para apresentar sua versão dos acontecimentos, reagrupar aqueles que estiveram com ele até o apertado segundo turno da eleição de 2022 e realizar uma demonstração de força.

A esquerda, diante de um flanco exposto do bolsonarismo e da direita golpista, que defendem com unhas e dentes o genocídio sionista na Palestina, mal conseguiu sair às ruas para protestar contra os mais de 30 mil assassinados pelo Estado nazista de “Israel”. Era a chance perfeita de denunciar os bolsonaristas, que estão, todos, com “Israel”. Todo o debate está, agora, em quando Bolsonaro será preso, e os infindáveis artigos sobre o tema só revelam uma expectativa, uma excitação sobre martelos de juízes e algemas de policiais. 

Antes de celebrar essa política, seria preciso ver quem detém a chave da cadeia. Quem detém o poder de prender ou não alguém. Até anteontem, quem estava preso era justamente o atual presidente da República, Lula. Sua eleição não quer dizer, de maneira alguma, que o aparato repressivo do Estado esteja em suas mãos. Os que o prenderam estão todos aí: a Polícia Federal, o Supremo Tribunal Federal (STF), os demais integrantes do Poder Judiciário, que chancelaram o golpe de 2016, o Congresso Nacional etc.

Enquanto a esquerda confia nos ministros, nos juízes e na cadeia, tradicionais inimigos da classe operária, Jair Bolsonaro resolve chamar uma manifestação de rua, o que sempre foi um método de luta do povo, da esquerda.

Se essa tendência se mantiver daqui para frente, a direita tomará as ruas e a esquerda estará de joelhos, de frente ao STF, suplicando para que esta Corte (que também chancelou a ditadura militar brasileira), junto com os policiais da PF, resolvam o problema da extrema direita. Essa expectativa é infantil por si mesma e revela mais sobre o atual retrocesso político da esquerda nacional do que sobre o suposto progressismo das cortes judiciais brasileiras, responsáveis por quase todas as desgraças que o País viveu nas últimas décadas.

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