Na sexta-feira (10), a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) aprovou uma resolução concedendo à Palestina o caráter de membro pleno, dentro da própria agência.
Embora o voto seja considerado simbólico, é um passo necessário para o reconhecimento pleno da Palestina como Estado membro em todas as agências da ONU. Tal decisão precisaria ser aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU (CSNU).
O projeto de resolução foi originalmente apresentado pelos Emirados Árabes Unidos, após uma votação do CSNU em 18 de abril que bloqueou uma proposta semelhante.
“O Estado da Palestina está qualificado para a adesão às Nações Unidas segundo o artigo 4 da Carta e, portanto, deve ser admitido”, dizia o projeto. Também solicitou ao Conselho de Segurança que “reconsidere o assunto favoravelmente”.
Foram 143 a favor, 25 abstenções e 9 votaram contra. Dentre esses EUA, “Israel”, Argentina, Hungria e República Checa.
A decisão permitirá que a Palestina apresente propostas e emendas diretamente à AGNU, sem ter que passar por outro Estado membro, como havia feito anteriormente. O texto exclui explicitamente permitir que a Palestina participe do UNSC e vote na AGNU, dois dos direitos mais importantes que um membro da ONU poder ter.