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Oriente Médio

Lembrando ao mundo: quem é o Hamas?

Movimento de Resistência Islâmica vem liderando resistência palestina

No dia 21 de janeiro, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) publicou um extenso documento respondendo às principais questões relacionadas ao atual conflito entre israelenses e palestinos. O texto, intitulado Nossa narrativa sobre a Operação Dilúvio al-Aqsa, possui cinco capítulos e foi traduzido para o português com exclusividade por este Diário. Você encontra o texto na íntegra aqui.

Abaixo, reproduzimos o quarto capítulo, que trata das calúnias de “Israel” contra a resistência palestina.

Lembrando ao mundo: quem é o Hamas?

1 – O Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, é um movimento palestino de libertação nacional e resistência islâmica. Seu objetivo é libertar a Palestina e enfrentar o projeto sionista. Sua referência é o Islã, que determina seus princípios, objetivos e meios. O Hamas rejeita a perseguição a qualquer ser humano ou a violação de seus direitos com base em motivos nacionalistas, religiosos ou sectários.

2 – O Hamas afirma que seu conflito é com o projeto sionista, não com os judeus por causa de sua religião. O Hamas não luta contra os judeus por serem judeus, mas luta contra os sionistas que ocupam a Palestina. No entanto, são os sionistas que constantemente identificam o judaísmo e os judeus com seu próprio projeto colonial e entidade ilegal.

3 – O povo palestino sempre se posicionou contra a opressão, a injustiça e a prática de massacres contra civis, independentemente de quem os cometa. Com base em nossos valores religiosos e morais, afirmamos claramente nossa rejeição ao que os judeus foram submetidos pela Alemanha nazista. Aqui, lembramos que o problema judaico, em essência, era um problema europeu, enquanto o ambiente árabe e islâmico era – ao longo da história – um refúgio seguro para o povo judeu e para outros povos de diferentes crenças e etnias. O ambiente árabe e islâmico era um exemplo de convivência, interação cultural e liberdades religiosas. O conflito atual é causado pelo comportamento agressivo sionista e sua aliança com as potências coloniais ocidentais; portanto, rejeitamos a exploração do sofrimento judeu na Europa para justificar a opressão contra nosso povo na Palestina.

4 – O Hamas, de acordo com as leis e normas internacionais, é um movimento de libertação nacional que possui objetivos e missão claros. Ele tem sua legitimidade para resistir à ocupação a partir do direito palestino à autodefesa, libertação e autodeterminação. O Hamas sempre foi cuidadoso em restringir sua luta e resistência à ocupação israelense no território palestino ocupado; no entanto, a ocupação israelense não segue essas diretrizes e comete massacres e assassinatos contra os palestinos fora da Palestina.

5 – Ressaltamos que resistir à ocupação com todos os meios, incluindo a resistência armada, é um direito garantido por todas as normas, religiões divinas, leis internacionais, incluindo as Convenções de Genebra e seu primeiro protocolo adicional, e as resoluções relacionadas da ONU, como a Resolução da Assembleia Geral da ONU 3236, adotada na 29ª sessão da Assembleia Geral em 22 de novembro de 1974, que afirmou os direitos inalienáveis do povo palestino na Palestina, incluindo o direito à autodeterminação e o direito de retornar “a suas casas e propriedades de onde foram expulsos, deslocados e desarraigados”.

6 – Nosso povo palestino firme e sua resistência estão travando uma batalha heroica para defender sua terra e seus direitos nacionais contra a mais longa e brutal ocupação colonial. O povo palestino está enfrentando uma agressão israelense sem precedentes que cometeu massacres hediondos contra civis palestinos, a maioria deles crianças e mulheres. No curso da agressão a Gaza, a ocupação israelense privou nosso povo de alimentos, água, medicamentos e combustíveis. “Israel” simplesmente os privou de todos os meios de vida. Ao mesmo tempo, os aviões de guerra israelenses atingiram brutalmente todas as infraestruturas de Gaza e prédios públicos, incluindo escolas, universidades, mesquitas, igrejas e hospitais, em um claro sinal de limpeza étnica com o objetivo de expulsar o povo palestino de Gaza. No entanto, os apoiadores da ocupação israelense nada fizeram além de manter o genocídio em curso contra nosso povo.

7 – O uso pelo ocupação israelense do pretexto de “autodefesa” para justificar sua opressão contra o povo palestino é um processo de mentira, engano e distorção dos fatos. A entidade israelense não tem o direito de defender seus crimes e ocupação, mas sim o povo palestino, que tem o direito de obrigar o ocupante a encerrar a ocupação. Em 2004, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) emitiu um parecer consultivo no caso referente às “Consequências Jurídicas da Construção de um Muro no Território Palestino Ocupado”, que afirmava que “Israel” – a brutal força ocupante – não pode se basear no direito de autodefesa para construir tal muro no território palestino. Além disso, Gaza, segundo o direito internacional, ainda é uma terra ocupada; portanto, as justificativas para a agressão a Gaza são infundadas e carecem de capacidade legal, assim como da essência da ideia de autodefesa.

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