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Operação al-Aqsa

As respostas do Hamas às mentiras de ‘Israel’

Documento foi publicado no dia 21 de janeiro

No dia 21 de janeiro, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) publicou um extenso documento respondendo às principais questões relacionadas ao atual conflito entre israelenses e palestinos. O texto, intitulado Nossa narrativa sobre a Operação Dilúvio al-Aqsa, possui cinco capítulos e foi traduzido para o português com exclusividade por este Diário. Você encontra o texto na íntegra aqui.

Abaixo, reproduzimos o segundo capítulo, que trata das calúnias de “Israel” contra a resistência palestina.

Segundo: Os acontecimentos da Operação Dilúvio al-Aqsa e as respostas às acusações de ‘Israel’

Diante das acusações e alegações fabricadas por “Israel” sobre a Operação Dilúvio al-Aqsa em 7 de outubro e suas repercussões, nós, do Movimento de Resistência Islâmica – Hamas, esclarecemos o seguinte:

1 – A Operação Dilúvio al-Aqsa em 7 de outubro teve como alvo os sítios militares israelenses e buscou capturar os soldados inimigos para pressionar as autoridades israelenses a libertarem milhares de palestinos detidos em prisões israelenses por meio de um acordo de troca de prisioneiros. Portanto, a operação se concentrou na destruição da Divisão de Gaza do Exército de “Israel” e nos sítios militares israelenses localizados perto dos assentamentos israelenses ao redor de Gaza.

2 – Evitar causar danos a civis, especialmente crianças, mulheres e idosos, é um compromisso religioso e moral de todos os combatentes das Brigadas al-Qassam. Ressaltamos que a resistência palestina foi totalmente disciplinada e comprometida com os valores islâmicos durante a operação, e os combatentes palestinos só atacaram os soldados das forças de ocupação e aqueles que apontavam armas contra nosso povo. Ao mesmo tempo, os combatentes palestinos procuraram evitar prejudicar civis, apesar de a resistência não possuir armas precisas. Além disso, se, em algum momento atingimos civis, isso ocorreu acidentalmente e durante o confronto com as forças de ocupação.

Desde sua fundação em 1987, o Hamas se comprometeu a evitar prejudicar civis. Após o criminoso sionista Baruch Goldstein cometer um massacre contra adoradores palestinos na Mesquita al-Ibrahimi na cidade ocupada de Hebron em 1994, o Hamas anunciou uma iniciativa para evitar que civis fossem atingidos pelos combates de todas as partes, mas a ocupação israelense a rejeitou e nem mesmo fez nenhum comentário sobre isso. O Hamas também repetiu tais apelos várias vezes, mas se deparou com ouvidos surdos da ocupação israelense, que continuou seu direcionamento deliberado e assassinato de civis palestinos.

3 – Talvez algumas falhas tenham ocorrido durante a implementação da Operação Dilúvio al-Aqsa devido ao rápido colapso do sistema de segurança e militar israelense e ao caos causado nas áreas de fronteira com Gaza.

Conforme atestado por muitos, o Hamas lidou de maneira positiva e gentil com todos os civis que foram detidos em Gaza, e desde os primeiros dias da agressão buscou libertá-los, o que aconteceu durante a trégua humanitária de uma semana, quando esses civis foram libertados em troca da libertação de mulheres e crianças palestinas das prisões israelenses.

Aqui estão alguns detalhes que vão contra as alegações de Israel:

  • Vídeos feitos naquele dia – 7 de outubro – juntamente com os testemunhos de israelenses que foram divulgados posteriormente mostraram que os combatentes das Brigadas al-Qassam não visaram civis, e muitos israelenses foram mortos pelo exército e pela polícia israelenses devido à confusão deles.
  • Também foi veementemente refutada a mentira dos “40 bebês decapitados” pelos combatentes palestinos, e até mesmo fontes israelenses negaram essa mentira. Muitas agências ocidentais, infelizmente, adotaram essa alegação e a promoveram.
  • A acusação de que os combatentes palestinos cometeram estupro contra mulheres israelenses foi integralmente desmentida, inclusive pelo Hamas. Um relatório do portal de notícias Mondoweiss em 1º de dezembro de 2023, entre outros, afirmou que não há evidências de “estupro em massa” supostamente perpetrado por membros do Hamas em 7 de outubro e que “Israel” usou tal alegação “para intensificar o genocídio em Gaza”.
  • De acordo com os relatórios publicados pelo jornal israelense Yedioth Ahronoth em 10 de outubro e pelo jornal Haaretz em 18 de novembro, muitos civis israelenses foram mortos por um helicóptero militar israelense, especialmente aqueles que estavam no festival de música Nova, perto de Gaza, onde 364 civis israelenses foram mortos. Os dois relatórios afirmaram que os combatentes do Hamas chegaram à área do festival sem conhecimento prévio do evento, quando o helicóptero israelense abriu fogo tanto contra os combatentes do Hamas quanto contra os participantes do festival. O Yedioth Ahronoth também afirmou que o exército israelense, para evitar mais infiltrações de Gaza e impedir que israelenses fossem capturados pelos combatentes palestinos, atingiu mais de 300 alvos nas áreas ao redor da Faixa de Gaza.
  • Outros depoimentos israelenses confirmaram que as incursões do exército israelense e as operações dos soldados mataram muitos prisioneiros israelenses. O exército de ocupação israelense bombardeou as casas nos assentamentos israelenses onde combatentes palestinos e israelenses estavam dentro, numa clara aplicação da notória “Diretriz Aníbal” do exército israelense, que diz claramente “melhor um refém civil ou soldado morto do que levado vivo”, para evitar envolvimento em uma troca de prisioneiros com a resistência palestina.
  • Além disso, as autoridades da ocupação revisaram o número de seus soldados e civis mortos de 1.400 para 1.200, depois de descobrirem que 200 corpos queimados pertenciam aos combatentes palestinos que foram mortos e misturados com corpos israelenses. Isso significa que quem matou os combatentes forma os mesmos que mataram os israelenses, levando ainda em consideração que apenas o exército israelense possui aviões militares que mataram, queimaram e destruíram áreas israelenses em 7 de outubro.
  • Os intensos bombardeios aéreos israelenses por toda Gaza, que levaram à morte de quase 60 prisioneiros israelenses, também comprovam que a ocupação israelense não se preocupa com a vida de seus prisioneiros em Gaza.

5 – É também fato que alguns colonos israelenses nos assentamentos ao redor de Gaza estavam armados e entraram em confronto com combatentes palestinos em 7 de outubro. Esses colonos foram registrados como civis, mas, na verdade, eram homens armados que lutavam ao lado do exército israelense.

6 – Ao falar sobre civis israelenses, deve-se saber que o serviço militar é obrigatório para todos os israelenses acima de 18 anos – homens que servem 32 meses de serviço militar e mulheres que servem 24 meses – onde todos podem portar e usar armas. Isso se baseia na teoria de segurança israelense de um “povo armado”, que transformou a entidade israelense em “um exército com um país anexado”.

7 – O assassinato brutal de civis é uma abordagem sistemática da entidade israelense e um dos meios de humilhar o povo palestino. O extermínio em massa de palestinos em Gaza é uma clara evidência dessa abordagem.

8 – O canal de notícias Al Jazeera afirmou em um documentário que, em um mês da agressão israelense a Gaza, a média diária de crianças palestinas mortas em Gaza foi de 136, enquanto a média de crianças mortas na Ucrânia – no curso da guerra russo-ucraniana – era de uma criança a cada dia.

9 – Aqueles que defendem a agressão israelense não analisam os eventos de maneira objetiva, mas buscam justificar o extermínio em massa de palestinos por “Israel” alegando que as mortes de civis seriam meros acidentes ao atacarem os combatentes do Hamas. No entanto, eles não afirmam o mesmo quando se trata da Operação Dilúvio al-Aqsa em 7 de outubro.

Estamos confiantes de que quaisquer investigações justas e independentes provarão a verdade de nossa narrativa e demonstrarão a magnitude das mentiras e informações enganosas do lado israelense. Isso inclui as alegações israelenses sobre os hospitais em Gaza, de que a resistência palestina os usou como centros de comando – uma alegação que não foi comprovada e foi refutada por relatos de muitas agências de imprensa ocidentais.

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