Segundo o jornal imperialista The New York Times, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) está prestes a ter um déficit de financiamento de US$ 65 milhões até o final de fevereiro. É o resultado da campanha do sionismo que ligou a UNRWA com o Hamas e por isso fez diversos países imperialistas cortarem o financiamento. Na segunda-feira (5), o NYT citou documentos contábeis internos da UNRWA que mostram que alguns países já deixaram de efetuar suas contribuições, incluindo a Finlândia, que não realizou um pagamento no valor de US$ 5,4 milhões em janeiro.
A Alemanha, O Japão e a Suécia também não pagarão sua parte em fevereiro, totalizando US$ 60 milhões. Os Estados Unidos e o Canadá lideraram a iniciativa, e Finlândia, Austrália, Reino Unido e Itália seguiram o exemplo. Tamara Alrifai, porta-voz da UNRWA, afirmou que 30.000 trabalhadores em todo o Oriente Médio no próximo mês não receberão seus salários, incluindo 13.000 atualmente localizados em Gaza. Um membro do Comitê Permanente Interagências das Nações Unidas afirmou: “Retirar fundos da UNRWA é perigoso e resultaria no colapso do sistema humanitário em Gaza, com consequências humanitárias e de direitos humanos de longo alcance no território palestino ocupado e em toda a região.”
A relatora Especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Palestina, Francesca Albanese, escreveu em um post no Twitter/X que a suspensão do financiamento da UNRWA ocorreu no dia seguinte à decisão da CIJ que conclui que “Israel” está possivelmente cometendo genocídio na Faixa de Gaza. Albanese afirmou que os países que suspenderam seu financiamento para a agência da ONU “coletivamente estão punindo milhões de palestinos no momento mais crítico, e provavelmente violando suas obrigações nos termos da Convenção do Genocídio”.