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Futebol

A volta da campanha histérica contra os jogadores brasileiros

Articulista do UOL retoma ataques contra os direitos democráticos da população

Em artigo intitulado Mentiroso, Dani Alves deve ser o 1º a pagar caro por desrespeitar mulheres, publicado pelo portal UOL/Folha de S. Paulo, uma tal Alicia Klein retomou a campanha histérica contra jogadores de futebol brasileiros que supostamente teriam se envolvido em escândalos sexuais. No artigo, Klein menciona os casos do técnico Cuca e do lateral direito Daniel Alves, clamando para que ambos tenham seus direitos suspensos.

A tese de Alicia Klein é a de que a “palavra” da mulher “vale menos” na sociedade. E que, por isso, seria uma vitória para as mulheres caso os profissionais do futebol fossem punidos. Diz ela:

“A nossa palavra sempre vale menos. O nosso conhecimento. Nossos feitos. Já perdi as contas de quantas vezes fui instada por homens a provar que entendia de futebol, não satisfeitos com o fato de eu dizer que sim, nem com o fato de eu ser contratada por dois dos maiores veículos de comunicação do país para falar de futebol. Sem falar nas vezes em que meus nãos foram atropelados.”

O problema da mulher na sociedade capitalista não é que sua “palavra” “vale menos”. O problema é que a mulher é um setor oprimido, um setor que cumpre um papel social que é visto como um papel inferior: cuidar do lar, cuidar da família etc. E é por ser inferior socialmente que a mulher tem, portanto, uma maior dificuldade de se impor socialmente.

Alicia Klein ignora essa realidade e tenta imputar a opressão da mulher a um tipo de preconceito contra as mulheres. A opressão não viria de uma necessidade econômica, não viria da forma como a sociedade é organizada. A mulher estaria em uma posição desfavorável simplesmente porque haveria um “preconceito” dos homens. Fossem todos os homens educados por Alicia Klein, a mulher, para ela, não seria mais oprimida. É verdadeiramente ridículo.

No que Klein propõe transformar a luta das mulheres na luta contra o “preconceito” dos homens, e não na luta contra os problemas materiais que fazem da mulher um ser inferior do ponto de vista social, resta a ela defender, inevitavelmente, medidas repressivas. Afinal, para ela, o problema não seria resolvido com uma mudança no conjunto da sociedade, mas com a mudança das ideias das pessoas. E se Klein pretende usar o Estado para mudar as ideias das pessoas, necessariamente terá de usar a repressão.

Essa ideia fica ainda mais nítida quando ela diz que:

“Daniel Alves deve ser o primeiro de sua estirpe a pagar caro por desrespeitar uma de nós (caso julgado culpado). Oxalá não seja o último.”

O problema, portanto, seria a “estirpe” dos jogadores de futebol. Seria um problema dos indivíduos, não um problema social. É uma política, portanto, que leva inevitavelmente ao fortalecimento da repressão.

E a defesa da repressão é tamanha que Alicia Klein acaba não apenas sendo uma defensora da repressão como solução para os problemas sociais, mas vai além e defende a demolição de qualquer Estado democrático de direito. É por isso que, com todas as letras, Alicia Klein quer que Cuca seja punido, ainda que não tenha sido condenado em nenhum processo juridicamente constituído:

“Bom, o caso Cuca você pode entender melhor aqui, mas em resumo: ele foi condenado pelo estupro de uma menina de 13 anos e teve essa condenação anulada recentemente porque o julgamento à revelia não é mais permitido na Suíça (na época, réus podiam ser julgados mesmo sem advogados presentes). O mérito não foi avaliado, portanto, ele não foi inocentado.”

Não se trata, portanto, de nenhuma luta em defesa das mulheres. Mas sim de uma “luta” contra os direitos democráticos e, não por acaso, contra jogadores brasileiros, que são perseguidos pelo imperialismo, o maior fator de opressão sobre as mulheres no mundo.

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