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Política

A ‘social-democracia’ vai salvar o mundo da extrema direita?

Em todo o mundo, a social-democracia está ruindo. E só não ruiu de vez porque o imperialismo lhe sustenta

Em publicação recente nas redes sociais, Alberto Cantalice, do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Fundação Perseu Abramo, apresentou a “social-democracia” como única alternativa ao fascismo. E mais: segundo Cantalice, a tal “social-democracia” – termo que ele não explica o que significa – abarcaria desde lideranças do movimento operário, como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, como típicos representantes do Estado de um país imperialista, como Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol.

Não há dúvidas de que a extrema direita é uma ameaça concreta à vida dos trabalhadores em todo o planeta. Basta ver os casos, por exemplo, do regime ucraniano, estabelecido sobre o terror, tendo matado mais de 13 mil pessoas no Donbass em um período de “paz”, e do golpe militar fascista na Bolívia, que expulsou do país, com extrema violência, o presidente eleito pelo povo. A questão que fica é: seria mesmo a “social-democracia” a solução diante desse avanço?

O uso do termo “social-democracia” já deveria ser, para qualquer pessoa de esquerda, uma vergonha. Trata-se, afinal, do nome que acompanhava as organizações que capitularam diante da Segunda Guerra Mundial, tendo sido completamente desmoralizadas por Vladimir Lênin com a Revolução Russa de 1917. Na ocasião, o próprio Lênin, que integrava o partido social-democrata russo, sepultou esse nome, passando a se referir à sua organização como partido comunista.

A social-democracia é, por seu próprio desenvolvimento histórico, aquilo que se opõe à revolução. É, portanto, a defesa do capitalismo, da melhoria de vida dos trabalhadores por meio de reformas que não abalem o regime de exploração ao qual estão submetidos.

Não fosse algo puramente utópico, a social-democracia é, hoje, um pilar da política oficial dos capitalistas, da política neoliberal. Nas últimas décadas, a social-democracia não foi capaz de nenhuma grande conquista para os trabalhadores – pelo contrário, ela foi a grande expressão do “centro político”. Isto é, de uma estabilidade para que o regime político pudesse arrancar o couro dos trabalhadores.

Em todo o mundo, a social-democracia está ruindo. E só não ruiu de vez porque o imperialismo lhe sustenta. Alemanha, França e Estados Unidos são prova disso. A tendência de crescimento da extrema direita, por sua vez, é a maior prova da falência da social-democracia.

O combate à extrema direita não passa pelo apoio à social-democracia. Muito pelo contrário: passa pela denúncia de sua colaboração com os grandes financiadores da extrema direita, o imperialismo. Lula, neste sentido, ainda que seja um político moderado, não é uma expressão da social-democracia: ele é a expressão de um movimento de revolta contra o neoliberalismo e deve ser cada vez mais empurrado, pelas massas, contra o “sistema” – isto é, o regime capitalista.

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