No domingo passado (2), Claudia Sheinbaum foi eleita presidente do México. Física e ex-prefeita da Cidade do México, Sheinbaum venceu o pleito com uma votação entre 58% e 60% dos votos válidos. Desde então, surgiu a propaganda de que Sheinbaum seria uma “judia pró-palestina”. Na verdade, trata-se de uma amiga de “Israel.”
Em maio de 2019, a Embaixada de Israel no México celebrou o 71º aniversário da independência de “Israel”, acolhendo: exposições de fotografia, workshops para crianças, cinema, leituras em voz alta de escritores israelenses e demonstrações de dança nas estações de metrô durante todo o mês de maio. Manifestantes pró-palestina protestaram contra o evento em um esforço para encerrá-lo, quando a embaixada israelense chamou-lhes de “”grupos de ódio antissemitas”.
O evento apresentou e fixou 12 fotografias das Colinas de Golã, de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia, e “a Cidade do México pediu que as fotografias fossem removidas depois de quase 40 organizações, sindicatos e redes mexicanas e missões diplomáticas da Palestina, do mundo árabe e dos estados membros da Organização de Cooperação Islâmica terem manifestado preocupação com a exposição porque esta não respeitava o direito internacional e a posição oficial do México sobre os territórios que Israel ocupa”, conforme a imprensa mexicana expôs.
Isso levou a administração da cidade a retirar essas 12 fotografias, a contragosto. Todo o evento foi uma campanha de propaganda sionista com o objetivo de apresentar “‘Israel” como uma espécie de farol de luz no Médio Oriente, ignorando ao mesmo tempo, o genocídio que infligem aos palestinos.
Em resposta a este evento, Sheinbaum ficou do lado de “Israel”, e não dos manifestantes, conforme presente na Declaração da Embaixada de Israel no México: “Estamos otimistas com a promessa que a Chefe do Governo da Cidade do México, Dra. Claudia Sheinbaum, fez ao Embaixador Jonathan Peled, em reunião realizada na última segunda-feira, 27 de maio, de não permitir que esta cidade caísse na agenda destes grupos de ódio e continuar trabalhando para manter a amizade, a cooperação cultural e tecnológica em benefício da população da capital.
A Embaixada de Israel continuará trabalhando para compartilhar cultura com todo o México e apoiar o seu desenvolvimento.”
Sheinbaum concordou com a embaixada israelense que os manifestantes pró-Palestina eram um “grupo de ódio” por protestar contra Israel reivindicando como seus territórios que não eram reconhecidos pelo México.
Além disso, existem claras conexões entre Sheinbaum e o lobby sionista. Uma das provas disso é que Claudia Sheinbaum reúne-se frequentemente com a “Comunidade Judia de México”, que em inglês se traduz como (CCCJM). Dentre os objetivos do CCCJM, estão:
“Promover ativamente a solidariedade com “Israel” através de várias declarações públicas, programas educacionais e eventos culturais para enfatizar a relação entre Israel e a comunidade judaica no México”.
A Tribuna “Israelita”, o braço executivo da CCCJM, está fortemente envolvida em esforços de defesa e “antidifamação”, que promove a censura e uma imagem positiva de Israel na sociedade mexicana.
Organiza programas e eventos educacionais que destacam a “cultura israelense”, “história” e questões contemporâneas. Estas iniciativas incluem frequentemente palestras, exibição de filmes e festivais culturais que visam fortalecer a conexão entre a comunidade judaica mexicana e ‘Israel”.
Envolve-se na defesa política para apoiar “Israel”. Isto inclui esforços de lobby junto a funcionários do governo mexicano para promover políticas favoráveis em relação a “Israel” e para fortalecer os laços diplomáticos entre os dois países.
Colabora com instituições e organizações israelenses, facilitando intercâmbios e parcerias que beneficiam as relações do México com “Israel”. Isto inclui cooperação em áreas como educação, tecnologia e “intercâmbio cultural”.
Em abril deste ano, Sheinbaum teve uma reunião com Eran Hazary, um funcionário do Comitê Judaico Americano (AJC), que disse que foi um “privilégio” conhecê-la. O AJC tem como seus pilares os seguintes pontos manter uma presença robusta em Washington, D.C., onde se envolve com legisladores dos EUA para defender relações fortes entre os EUA e “Israel”. Isto inclui apoiar a ajuda externa a “Israel”, garantir a assistência à segurança e promover legislação que contrarie os esforços para denunciar Israel internacionalmente.
Além disso, trabalhar globalmente para promover relações diplomáticas entre “Israel” e outros países. Frequentemente, facilitam reuniões de alto nível entre autoridades “israelenses” e líderes de todo o mundo, neste caso, Sheinbaum, promovendo o diálogo e a cooperação em questões que afetam “Israel.”
A AJC também visar envolver-se ativamente com organizações internacionais como as Nações Unidas para abordar e combater resoluções ou ações que considerem tendenciosas contra “Israel”. Ainda realiza inúmeras iniciativas educacionais destinadas a informar o público sobre Israel, sua “história” e seus desafios geopolíticos. Eles organizam conferências, publicam relatórios e realizam campanhas de defesa de direitos para construir apoio a Israel entre diversos públicos.
Por fim, forma coalizões com outras organizações judaicas, grupos religiosos e grupos de defesa para reforçar o apoio a “Israel”. Isto inclui a participação em diálogos inter-religiosos e esforços conjuntos de defesa para apresentar uma frente unida em questões que afetam “Israel.” De 2014 até agora, Sheinbaum não disse nada sobre Gaza ou a Palestina, a não ser apenas retuitar o que o presidente diz.
Sheinbaum também manteve relações com a Israel Latin America Network (ILAN). A ILAN é um lobby pró-“Israel” que se concentra no fortalecimento dos laços entre “Israel” e a América Latina. Em suma, Claudia Sheinbaum, ao invés de ser uma judia antissionista, é uma boa amiga dos criminosos de “Israel”