O Brasil vai sediar a reunião de cúpula do G20, os vinte países mais ricos da Terra, nos dias 18 e 19 de novembro próximos, no Rio de Janeiro. Neste encontro, estarão os dirigentes dos piores inimigos da humanidade e dos povos oprimidos. É essa gente que financia golpes de Estado e que financiam e participam ativamente do genocídio contra o povo palestino. Joe Biden, Keir Starmer, Emmanuel Macron, dentre outros, estarão presentes, bem como a primeira-ministra italiana.
Giorgia Meloni, a primeira mulher a subir ao poder na Itália, desmente a tese dos identitários, que insistem que é preciso colocar pessoas de grupos oprimidos, com o é o caso das mulheres, em “locais de mando”, como se isso, por si, fosse melhorar a condição da mulher dentro da sociedade. Nada mais enganoso, pois a senhora Meloni, conseguiu retirar da declaração final do G7 (grupo dos países mais ricos), em junho deste ano, o termo “aborto”. Em seu lugar, o texto menciona “direito sexuais e reprodutivos” no seguinte trecho: “Nos comprometemos a continuar a promover a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos abrangentes para todos e avançar em saúde materna, neonatal, infantil e adolescente, especialmente para aqueles em circunstâncias vulneráveis”.
Trata-se de um retrocesso significativo, pois no texto anterior constava “total compromisso em alcançar os direitos sexuais e reprodutivos abrangentes para todos, incluindo a abordagem do acesso ao aborto seguro e legal e aos cuidados pós-aborto”. E prova que o identitarismo apenas consegue dar mais munição para a extrema-direita, como na Itália.
Fascista
Giorgia Meloni é conhecida por sua filiação ideológica ao fascismo. Ainda que o negue, Meloni já elogiou Mussolini, tratando-o como “um bom político”, e não apenas isso, justificou-o alegando que “tudo o que ele [Mussolini] fez, fez pela Itália”.
Durante sua adolescência, integrou a ala juvenil do MSI (Movimento Social Italiano), direita neofascista. Em seguida, tornou-se presidente estudantil do movimento Aliança Nacional.
A premiê italiana nega que seja fascista, mas utilizou em campanha um dos Lemas de Mussolini, “Deus, Pátria e Família”, e afirmou ainda que “pegou o bastão” setenta anos depois, o que significa que se vê como herdeira política de Benito Mussolini.
Meloni ficou conhecida por seus ataques à comunidade LGBT, bem como participou e estimulou o bloqueio naval de imigrantes fugidos de países como a Líbia, destruída pela OTAN, entidade imperialista da qual a Itália faz parte.
Crítica?
Apesar de ter feito muitas críticas à União Europeia, Giorgia Meloni, mal subiu ao poder e tratou de ir apagando aquela imagem soberanista e tratou de tranquilizar os EUA e a OTAN, reafirmando seu compromisso com a UE, assim como fizera seu antecessor, Mario Draghi.
Enquanto se curva na política internacional, Meloni trata de jogar para seu público, probindo raves, o registro civil de filhos de casais homossexuais e persegue as ONGs que resgatam imigrantes.
Giorgia Meloni não defende de fato os interesses da Itália, ela é apontada como a governante que convenceu a Hungria a enviar 50 bilhões de euros para a Ucrânia. A mandatária é abertamente pró-OTAN e anti-Rússia. Ao ponto de o jornal americano, The New York Times, afirmar que Meloni, “solidificou suas credenciais internacionais”.
Manifestação
A principal tarefa da esquerda para o próximo período é fazer uma grande manifestação contra a presença de líderes do G20, como Giorgiai Meloni. Trata-se de gente da pior espécie que está levando o mundo para a Terceira Guerra Mundial.
Neste momento, países estão sendo agredidos sem piedade pelo imperialismo, como a Palestina, a Líbia, a Síria, o Iêmen. E ainda existem as agressões e ataques contra o Irã, além das provocações contra a China.
Giorgia Meloni, apesar de ser da periferia do imperialismo, é uma política de extrema-direita, que apesar do discurso anterior em favor de seu país, defende, isso, sim, o imperialismo e sua política. E, como tal, deve ser desmascarada e combatida.