“É um acinte que um partido político não seja cancelado nem receba sequer alguma retaliação ao fazer apologia e incitar o terrorismo dessa forma”. E assim, o portal lavajatista O Antagonista chamou a polícia e o Supremo Tribunal Federal (STF) para cima do Partido da Causa Operária (PCO), em artigo publicado no dia 13 de março.
Nenhuma novidade. Que a direita considera a justa luta dos oprimidos por sua libertação “terrorismo”, já é assim há muito tempo. Foi assim na ditadura militar, foi assim no apartheid. E é assim agora. Que a direita queira que aqueles com quem discorda sejam reprimidos, também já acontece desde sempre.
A direita, expressão de uma classe social decadente e intrinsecamente reacionária, que está disposta a submeter o mundo inteiro às piores atrocidades apenas para manter os seus privilégios, é o que é. Truculenta, autoritária e inimiga de qualquer direito democrático.
Apesar de tudo isso, ao menos O Antagonista, aqui, foi sincero em uma coisa: está caluniando o PCO por causa de sua posição em relação à questão palestina.
O mesmo não pode ser dito, no entanto, por todo um setor da esquerda nacional. A esquerda pequeno-burguesa, que tem falhado miseravelmente em defender o povo palestino, seja porque morre de medo dos sionistas, seja porque é diretamente financiada por eles, decidiu, no último período, fazer o mesmo que o portal lavajatista: caluniar o PCO.
Nas redes sociais, houve até quem pedisse abertamente a cassação do registro do Partido. Nas ruas, organizações como o PSTU e a UP chamaram a Polícia Militar para reprimir as mulheres do PCO. Apesar do empenho em reprimir o Partido, essa “esquerda”, no entanto, não foi capaz de ser tão sincera como O Antagonista. Não disse: tirem o PCO do ato porque não queremos que aqui defendam a Palestina.
O artigo do portal lavajatista mostra, no final das contas, que aqueles que se valem dos mais sórdidos métodos para calar o PCO não merecem ser considerados “de esquerda”. Estão em uma frente única com a direita em defesa do sionismo no Brasil.