No verão de 1980, na Polônia, acontecia uma verdadeira revolução, liderada pelo solidariedade. O governo comunista da República Popular da Polônia foi obrigado a firmar os Acordos de Agosto com os grevistas. Em 10 de novembro, o sindicato independente Solidariedade foi oficialmente registrado. Um comitê de greve inter-fábricas e um centro sindical independente foram criados em Bydgoszcz.
Até o final do ano, o movimento dos camponeses também se fortaleceu. O governo, no entanto, negou seu direito de sindicalização, alegando que o agricultor é um proprietário independente, e não um trabalhador assalariado. O movimento Solidariedade, que já estava forte entre os trabalhadores rurais, se intensificou. Em 19 de março, estavam programadas negociações em Bydgoszcz sobre essa questão.
No entanto, as autoridades sabotaram o encontro, e durante a sessão do Conselho Voivoda de Bydgoszcz, os representantes da Solidariedade liderados por Jan Rulewski foram espancados pela polícia. Esses eventos provocaram uma explosão generalizada protestos. Em 24 de março de 1981, a Comissão Pan-Polonesa da Solidariedade decidiu uma greve geral de protesto.
Os líderes da Solidariedade, especialmente Lech Walesa, tentaram evitar a confrontação. Eles ainda esperavam um compromisso com o General Jaruzelski. Em 25 de março, Lech Walesa se encontrou com o vice-primeiro-ministro Mieczysław Rakowski, mas não conseguiu um acordo.
A Igreja Católica também tentou mediar. O Primaz da Polônia, Cardeal Stefan Wyszyński, em 22 de março, fez um apelo ao governo e à Solidariedade em favor de um compromisso, destacando especialmente o “fator externo” perigoso. Nenhum setor conciliador foi vitorioso, a greve, inclusive, foi adianta.
Em 27 de março de 1981, estimasse que 12 milhões de operários paralisaram devido à greve. Foi de longe a maior greve da história da Polônia e abalou completamente o regime político.
No mesmo dia, com medo da revolução, o General Jaruzelski e o então Primeiro Secretário do Comitê Central do POUP, Stanisław Kania, assinaram circulares secretas definindo os procedimentos para o controle político das tropas em circunstâncias extraordinárias.
Esse movimento revolucionário se dissipou por ser muito desorganizado. O Solidariedade não era dirigido por nenhum revolucionário, o problema das direções, como disse Trótski, é o grande problema do movimento operário.
Hoje poucos lembram dos anos de luta da classe operária polonesa. No entanto, foi um movimento tão forte que até definiu as cores do Partido dos Trabalhadores do Brasil, o branco e vermelho, nas cores do Solidariedade.