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Editorial

100 dias de ‘choque’ na Argentina

Entre os dados mais catastróficos, está a queda abrupta das vendas das farmácias

Em pouco mais de 100 dias, o governo de Javier Milei já conseguiu se destacar por números impressionantes. Números que expressam uma verdadeira calamidade social. Enquanto Milei comemora a queda da inflação, que reduziu pela metade, de 26% para 13%, para satisfazer os tubarões que vivem da especulação; o povo vê suas condições de vida, que já eram péssimas, despencarem. O número de argentinos vivendo abaixo da linha da pobreza saltou de 38% para 50% em três meses. Os salários estão no patamar de 20 anos atrás para padrões argentinos. E, o que talvez seja o dado mais dramático: a venda das farmácias caiu 46%.

A situação toda mostra que, em nome da satisfação de um punhado de bilionários que sequer moram na América do Sul, Milei irá provocar a morte e a desgraça de muita, muita gente. A diminuição da inflação não vai beneficiar o povo argentino, vai beneficiar os especuladores, que querem um ambiente mais estável para a exploração desenfreada da riqueza argentina. E quem irá pagar por tudo isso serão os pobres.

O “choque” de Milei, por sua vez, também provam que a eleição argentina de 2023 consistiu em um verdadeiro golpe de Estado. Milei é um agente dos especuladores estrangeiros, um capacho dos monopólios norte-americanos, imposto para arrancar a pele de sua própria população. Não será possível fazer isso sem passar, necessariamente, por uma ditadura brutal – o governo argentino, embora ainda não tenha protagonizado grandes episódios sangrentos, já é uma ditadura brutal.

Ainda há protestos, ainda há eleições – o que dá a impressão de que há um regime minimamente democrático. Mas o fato é que há um acordo do conjunto da burguesia de aplicar um programa econômico muito, muito violento. Um programa que, para ser imposto, necessitará de um regime de força.

Tudo isso acontece em meio a uma paralisia quase que total da esquerda argentina. Incapaz de prever o golpe de Javier Milei, tem se mostrado incapaz, até hoje, de denunciar que vive sob uma ditadura. A “oposição” parlamentar, por sua vez, não é uma oposição de fato. Milei tem conseguido governar até aqui porque conta com amplo apoio mesmo entre os peronistas.

Se a situação permanecer desse jeito, o povo argentino pagará muito alto, de uma maneira poucas vezes vista na história. É preciso desde já se levantar contra o governo Milei de conjunto, exigindo a sua derrubada.

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