A direção do Partido da Causa Operaria se reuniu, na última semana, no Catar, com a principal força palestina, a mais importante organização da luta armada palestina contra o nazismo sionista ― o Hamas.
Uma força política revolucionária se reuniu com uma força política revolucionária.
Apesar das diferenças ideológicas e programáticas, o PCO reconhece que o Hamas encontra-se à cabeça de uma luta politica de características revolucionárias.
Esse fato é o ponto fundamental, diante do qual todo o restante, inclusive as diferenças mencionadas, é secundário.
A reunião elevou a outro patamar a política que o PCO vinha colocando em marcha. O aperto de mão entre Rui Costa Pimenta e Ismail Hanié tem o significado de um compromisso profundo.
O PCO reconfirma e intensifica seu apoio à resistência palestina; reconhece que a vitória sobre o Estado de “Israel” e a libertação do povo só se dará pela via da luta armada.
A ida ao Catar para encontrar as principais lideranças do Hamas é também um ato de solidariedade e, especialmente, admiração. Admiração por aqueles que impuseram a maior derrota que o sionismo, um dos produtos mais bárbaros do imperialismo, já sofreu, e que podem efetivamente derrotá-lo de uma vez por todas.
Nenhum outro partido político de esquerda brasileiro que não PCO poderia ter participado de tal reunião. Isso porque tais partidos, a despeito de muito deles se dizerem revolucionários, não guardam relações reais com as tendências revolucionárias. Não enxergam as forças revolucionárias onde elas efetivamente vêm à luz. Na maioria das vezes, colocam-se em oposição a tais forças.
Talvez, a partir de agora, falar que estamos 1.000% com o Hamas já não corresponda à realidade. 1.000% é pouco!