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Valéria Guerra

Historiadora, artista (atriz) sob DRT 046699-RJ. Jornalismo UMESP-SP, término neste ano corrente. Bióloga e professora da Rede Estadual do Rio de Janeiro. Colaboradora textual do Site Brasil 247 há 4 anos. Escritora com livros publicados e textos para inúmeras Antologias, inclusive concursos de textos teatrais. Mestrando em psicologia da Educação. Escreveu o livro “Eu preciso de um Hulk” que se transformou em peça homônima

Política Nacional

Vida de carpa

Nosso Brasil foi devastado: nossos indígenas, nossos ecossistemas, nossos trabalhadores, nosso povo, vem sendo vítima de tantas amarguras...

Morrer sem oxigênio, uma sensação terrível: “As carpas do Lago do Palácio, em Brasília, sentiram dor ao morrer, depois que foram retiradas compulsoriamente do local”. Os peixes foram retirados do espaço aquífero e se debateram até perecerem. E o fato verídico só veio a público agora, é pesaroso, que tantos óbitos desnecessários tenham ocorrido sob a égide do governo anterior.

“A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro teria ordenado que o responsável por coordenar os trabalhos na residência, o pastor Francisco de Assis Castelo Branco esvaziasse o espelho d’água localizado em frente ao Palácio do Alvorada para que as “moedas da sorte” acumuladas no fundo dele fossem retiradas. Na execução do processo, todas as carpas morreram.

Turistas costumam jogar moedas no espelho d’água do palácio presidencial como forma de tradição. Acredita-se que o gesto traz sorte.

Segundo a reportagem publicada na sexta-feira (3) na coluna de Rodrigo Rangel, no Metrópoles, Michelle mandou que o espelho d’água fosse esvaziado, as carpas acabaram morrendo”

A morte das belas carpas foi efeito de um capricho, e as moedas manchadas pelo sangue dos pobres peixinhos serviu como doação para uma Igreja evangélica do tipo caça-níquel; com a finalidade simbólica de poder incomensurável.

  1.  Nosso Brasil foi devastado: nossos indígenas, nossos ecossistemas, nossos trabalhadores, nosso povo, vem sendo vítima de tantas amarguras, e óbitos ao longo da pressão de uma política advinda de um imperialismo vivaz.

Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito de novo, e pela terceira vez. E após trinta dias decorridos após sua posse: seu governo já fora atacado ferozmente, em especial no dia 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos poderes foram alvejadas por uma massa vilipendiadora, que intentou dar um golpe antidemocrático contra a gestão eleita no Brasil. Brasil, um país que tem um dos menores salários mínimos do mundo, e que segue esperançoso por dias e salários melhores, sob a batuta da governabilidade do estadista Lula.

Resistimos mais uma vez, e agora as últimas notícias são de que havia mesmo uma articulação séria e golpista para desmontar a preferência da população por uma mudança de ares, no campo político partidário, já que o morticínio de gente, durante a pandemia; e também outras formas nefastas de depreciação de seres humanos foram impregnando a ambiência nacional. A Revolução é simplesmente transformação, e votar em Lula, no pleito de 2022, fora um apelo para que o status quo estabelecido neste gigante Brasil pudesse começar a ser mudado. Passamos quatro anos estagnados e fadados à maldição, que desejava uma privatização geral, aliado ao desprezo pela “Coisa pública” e por tudo em seu entorno.

Cada trabalhador brasileiro também precisa ser preservado, como patrimônio de um Estado, caso contrário continuará sendo invadido e vilipendiado através de uma política espoliadora, que mantém a corrente escravocrata dos “baixos salários” no pescoço dos trabalhadores que se acotovelam na base da pirâmide há cinco séculos. Basta de descaso – e de pautas identitárias hipócritas – rumemos à alforria das classes ditas baixas, lutemos por uma educação de qualidade para todos, que vá muito além da enfadonha retórica repetitiva e tóxica.

Quem não preserva a vida da fauna e da flora, não poderá salvar povos originários, nem tampouco a de trabalhadores de um país. Agora podemos dizer que muita gente teve, sim, um destino de carpa palaciana, quando morreram com falta de ar, durante o auge da COVID-19, especialmente no episódio ocorrido em janeiro de 2021 (altamente negligente), em Manaus. O fato é que o povo continua morrendo de fome de comida e de sonhos: sufocados nos aquários da desigualdade que seca a água da equidade.

#ValReiterjornolismohistórico

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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