Milhares de palestinos oriundos das mais diversas regiões onde estão amontoados – vivendo em condições desumanas e degradantes em função da política criminosa do sionismo – se reuniram em Ramallah na segunda-feira, dia 15, para lembrar a “Nakba”, que é a forma como caracterizam a criação do Estado de Israel, decisão da ONU em 1948 que provocou o êxodo de cerca de 760.000 palestinos durante a primeira guerra árabe-israelense. Os manifestantes ergueram bandeiras palestinas e cartazes pretos com a inscrição “Retorno”.
Desde quando foi criado – há 75 anos – o Estado sionista de Israel ver exercendo uma política de permanente terror, perseguições, assassinatos de lideranças, destruição, tortura, encarceramento e opressão contra o povo palestino, que não obstante a desigualdade de condições, resiste e luta heroicamente para defender seu legíiitmo direito à constituição de um Estado soberano.
Esse direito, embora seja reconhecido como legítimo pelos organismos internacionais (ONU etc) e também por parte de muitas dezenas de governos, nunca foi além de declarações puramente retóricas, sem qualquer efeito prático.
Isso porque, desde a sua criação, os sionistas israelenses sempre foram não somente apoiados, como sustentados política, militar e economicamente pelo imperialismo, particularmente pelos norte-americanos, que todos os anos destinam bilhões de dólares para manter seu enclave na região, alimentando assim uma das maiores máquinas militares de guerra do planeta, que é o exército judeu, responsável pela política de terror, intimidação e massacre contra os palestinos e os demais povos da região que se levantam para por fim à opressão imperialista.
No entanto, nesse momento, o poderio de outrora do imperialismo está em xeque e são vários os sintomas desse fenômeno. Até mesmo o sempre fiel e inabalável estado de Israel encontra-se em rota de colisão com o imperialismo, dada a situação atual de crise, enfraquecimento e perda de influência dos EUA junto a vários de seus aliados na explosiva região do Golfo Pérsico (Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, etc).
Neste sentido, a entrada em cena da China, mediando a reaproximação de povos e nações cuja hostilidade foi fomentada pelo imperialismo (iranianos e sauditas) se apresenta como um elemento de enorme importância, o que deve acelerar ainda mais a desestruturação do domínio imperialista no Oriente Médio, fazendo o pêndulo se inclinar cada vez mais em direção à ruptura da ordem estabelecida pelas grandes potências ocidentais capitalistas.
Portanto, está claro que as coisas já não se afiguram como algumas décadas atrás, onde o imperialismo reinava soberano na região, dando as cartas e impondo sua política de rapina e opressão contra os povos. É nesse contexto que se abre uma perspectiva para o povo palestino e demais povos no sentido de uma guerra total para expulsar de vez os opressores inimigos dos povos localizados na região.
No entanto, a vitória contra o imperialismo e seu braço político-militar no Oriente Médio (Israel) depende – dentre outros fatores – da unidade de todos os que se encontram sob o jugo da política de terror e opressão dos inimigos da humanidade, a saber, os representantes do grande capital imperialista mundial.