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Editorial

Um abraço vale mais que mil palavras

A troca de carinhos entre Moro e Dino comprova que ambos fazem parte do mesmo setor político: da ala tradicional da burguesia brasileira vinculada ao imperialismo norte-americano

A troca de afetos entre Flávio Dino (PSB) e o senador Sergio Moro (União Brasil) durante sabatina no Senado foi um dos assunto mais comentados da política nacional nos últimos dias. Dino e Moro, supostamente representantes de duas alas políticas opostas, se abraçam e trocaram sorrisos e elogios, levantando dúvidas se eles realmente são adversários políticos.

Afinal, Dino seria um “progressista”, combatente da Lava Jato e do “fascismo”, pelo menos segundo a versão fantasiosa da esquerda pequeno burguesa. Já Moro é foi ministro da Justiça do governo do fascista Jair Bolsonaro, que ele ajudou a eleger quando prendeu ilegalmente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula que, lembremos, colocou Dino no Ministério da Justiça e o indicou agora para cargo no Supremo Tribunal Federal (STF).

Para quem ainda tinha dúvidas, agora a situação ficou mais clara. Um abraço vale mais que mil palavras. A troca de carícias entre Moro e Dino comprova que ambos fazem parte do mesmo setor político: da ala tradicional da burguesia brasileira vinculada ao imperialismo norte-americano.

Em relação a Moro, isso é óbvio. O ex-juiz se tornou uma figura política conhecida durante a época do golpe de Estado de 2016, sendo alçado pela imprensa capitalista na campanha para derrubar o governo do PT e perseguir os dirigentes petistas. Comandando a Operação Lava Jato, Moro realizou uma política criminosa a serviço dos Estados Unidos, em conjunto com o FBI, como foi comprovado pela “Vaza Jato”. O atual senador não passa de um agente dos EUA em solo brasileiro.

Dino, por sua vez, não tem nada de “comunista”, como querem fazer crer setores ultra oportunistas da esquerda nacional, mas é um típico político burguês com ligações com o imperialismo. Em 2014, quando já estava em marcha um golpe contra o PT, Dino foi eleito governador do Maranhão em uma coligação com o PSDB, do então candidato presidencial Aécio Neves. No governo do Maranhão, Dino foi apoiou a entrega da Base de Alcântara para os EUA.

Aliás, essa era a função de Dino, ser uma alternativa “esquerdista” do imperialismo contra o PT, especialmente Lula. Essa também é a função do seu partido, o PSB, que reúne múmias políticas antigas do PSDB, como Geraldo Alckmin, com um verniz – só no nome – “socialista”. Quando se tornou ministro da Justiça, Dino seguiu a política repressiva do imperialismo contra os manifestantes bolsonaristas que invadiram as sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro, liderando prisões antidemocráticas das pessoas que participaram dos protestos. Ele também foi responsável por uma ampla gama de medidas repressivas e por colocar os militares nas ruas através das operações de Garantia de Lei e Ordem (GLO).

Agora, foi indicado para o STF. Sob pressão da ala mais reacionário do Supremo, liderado por Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, Lula indicou seu ministro da Justiça direitista para compor uma Corte que, infelizmente, tem ampliado seus poderes, garantindo a execução da política do imperialismo no Brasil. Dino fará parte desse bloco antidemocrático, repressivo e pró imperialista. O abraço em Sergio Moro não deixa dúvidas sobre isso.

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