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Palestina

Sionistas israelenses são os verdadeiros terroristas

Israel quer pena de morte para "terroristas" palestinos, quando o verdadeiro terrorismo é o próprio Estado de Israel

Um comitê ministerial de Israel aprovou de forma preliminar, no domingo (26), a lei de pena de morte para supostos “terroristas” palestinos.
Segundo o texto, sofrerá a pena quem cometer ataques fatais contra cidadãos israelenses motivados por racismo ou ódio e cujo objetivo seja atentar contra o Estado israelense, que, desde 2018, é oficialmente reconhecido como “Estado Judeu”.
Um parêntese que deve ser feito é a analogia das motivações do crime (racismo e ódio) com o que pedem os identitários pretensamente esquerdistas no Brasil. É a mesma ideia da extrema-direita israelense contra os palestinos.
“Estamos trabalhando contra o terrorismo por todos os meios – em operações, na prevenção de ataques terroristas, na aprovação de uma lei para deportar famílias de terroristas e hoje em uma lei sobre a pena de morte para terroristas”, escreveu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nas redes sociais.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, que também é o líder do partido governista Poder Judaico, disse que “esta é uma lei moral e justa na maior democracia do mundo, e ainda mais num país onde uma onda de terror afeta os cidadãos israelenses”.
A lei ainda precisa ser aprovada preliminarmente no parlamento israelense, depois analisada pelo Gabinete de Segurança e em seguida em mais três instâncias da Câmara. Mesmo assim, é um sintoma do reacionarismo do Estado de Israel. Os palestinos, por serem palestinos, são tratados como “terroristas”, assim como eram tratados como terroristas os opositores da ditadura militar no Brasil, por exemplo. Mas Israel é ainda pior, uma vez que nem mesmo na ditadura militar brasileira a pena de morte era legalizada.
Contudo, fica a dúvida do porquê de tanta repressão do Estado de Israel contra o “terrorismo”. Que terrorismo é esse? Que ameaça é essa?
Colonos judeus mataram a tiros um palestinos e deixaram outros 100 feridos durante um ataque na Cisjordânia ocupada, no mesmo domingo em que o comitê ministerial aprovou a pena de morte para “terroristas”. Ataques contra palestinos por parte de civis israelenses ocorrem semanalmente, causando mortes. Esses ataques não são considerados terrorismo.
Menos ainda os ataques das forças armadas israelenses contra esses mesmos palestinos, que ocorrem diariamente há mais de 70 anos. Foram inúmeros massacres do exército sionista contra civis inocentes e indefesos, contra mulheres, idosos e crianças. O próprio Netanyahu deixa escapar esse atentado contra civis inocentes ao lembrar da lei “para deportar famílias de terroristas”.
https://twitter.com/HoyPalestina/status/1628401667791020038?t=2v4tBTAYOutFFUTBmUsZJA&s=08
Como mostra o vídeo acima, os “terroristas” palestinos são jovens que, indefesos, utilizam paus e pedras para enfrentar os tanques e bombas letais de Israel, revoltados com os massacres incessantes como o que ocorreu em Nablus com dez mortos e 100 feridos.
O Ministério de Relações Exteriores da Palestina denunciou e condenou a nova lei israelense: “enquanto Israel segue matando desproporcional e deliberadamente os palestinos, agora os colocará arbitrária e cerimonialmente no corredor da morte.”
A nível internacional, não se pode fazer esse tipo de denúncia contra o Estado de Israel. Isso seria “antissemitismo”. Mas acusar palestinos de terrorismo, por algum motivo, tem total validade. Não seria nenhum tipo de preconceito. E o Estado de Israel, que se faz de vítima há mais de 70 anos, é o grande violador de direitos humanos e responsável por massacres e genocídios de palestinos e outros povos árabes.
Israel é o verdadeiro terrorista.

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