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Ataques nas escolas

Redes sociais e policiamento são cortina de fumaça

Após ataque de homem que invadiu creche com um machado, direita partiu para campanha reacionária em torno do aumento da repressão

Nas últimas semanas, têm aparecido na imprensa notícias que dão a entender que as escolas hoje seriam uma grande fonte de perigo. Acontecimentos chocantes, como a morte de quatro crianças em Blumenau por um homem portando um machado e o assassinato de uma professora provocado por um aluno de treze anos, vêm sendo tratados com grande repercussão, na tentativa de instaurar um clima de pânico na sociedade.

Um artigo surreal do jornal O Globo chega a citar cidades do mundo que exigem que os alunos tenham mochila transparente. E recomenda o mesmo para o Brasil. O texto ainda elogia uma tal Rede de Conscientização sobre Radicalização (RAN, em inglês), que mapeia organizações “radicais” nas redes sociais e nas próprias escolas. A rede é formada por “especialistas” que podem ser contatados por familiares quando há algum indício de “radicalização”.

O objetivo é claro: estabelecer uma ditadura policial sobre as escolas. Aterrorizar tanto a sociedade que o humilhe os alunos ao ponto de abir suas mochilas, mostrarem seus celulares e serem vigiados a todo instante.

Valendo-se dos mesmos argumentos, de que seria necessário impor uma grande vigilância sobre a sociedade, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou, por unanimidade (!), um projeto de Lei que proíbe por completo a circulação da obra Mein Kampf, escrita por Adolf Hitler.

O ministro da Justiça Flávio Dino, um dos elementos mais direitistas do governo Lula, um notório defensor da repressão, já deu uma série de declarações neste sentido. O ministro bateu boca com uma representante do Twitter, exigindo uma atitude enérgica da plataforma contra os usuários. Indo no mesmo sentido, Dino ainda anunciou um repasse de R$ 150 milhões para fortalecimento de rondas policiais.

É preciso dizer com todas as letras que essa política é uma política da direita. Os ataques nada têm a ver com as redes sociais, são próprios da crise do capitalismo, que acaba por enlouquecer as pessoas. A política de repressão – isto é, de colocar câmeras nas escolas, polícia nos colégios, revistar os alunos e vigiar as redes sociais – terá um único resultado: fortalecer o Estado na sua capacidade de reprimir os indivíduos.

A política de repressão, neste sentido, é uma cortina de fumaça que não irá resolver nada e, ainda, omitir a verdadeira natureza do problema, que é social. Só irá, na verdade, aumentar a insatisfação, aumentando, assim, as chances de novos atentados acontecerem. Um governo de esquerda deve fazer uma política oposta a de reprimir para conter os problemas sociais, mas sim o de tentar resolvê-los com medidas efetivas, como o aumento do salário mínimo, a redução da jornada de trabalho, o fim do vestibular e a retirada de todas as medidas antidemocráticas.

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