A heroica ação do Hamas e demais grupos da resistência palestina no dia 7 de outubro já é um marco histórico da luta contra o imperialismo. Qualquer grupo revolucionário deveria encarar os acontecimentos atuais em Gaza, a partir da ação do Hamas, com a maior atenção possível.
A ação da resistência palestina até agora vem confirmando o que o 7 de Outubro já havia demostrado: a profunda fraqueza do imperialismo. Até agora, “Israel” – apoiado pelos EUA e demais potências imperialistas – não conseguiu avançar nem um centímetro em Gaza. Quando o chamado Domo de Ferro foi quebrado e a resistência invadiu o território israelense, o governo de “Israel” jurou invadir Gaza e exterminar o Hamas.
Até agora, tudo o que “Israel” e o imperialismo conseguiram foi escandalizar o mundo com um dos mais sangrentos genocídios das últimas décadas, bombardeios indiscriminados contra civis que, embora causem o sofrimento do povo palestino, também são um elemento de profunda crise e desmoralização de “Israel” diante dos povos do mundo.
Mas matar civis indefesos não é ganhar a guerra. “Israel” não consegue avançar um centímetro sequer em Gaza para enfrentar o Hamas. Pelo contrário, as notícias das baixas israelenses, por mais que se tente esconder, são cada vez mais constantes. Tudo leva a crer que no próximo período o imperialismo seja obrigado a aceitar um cessar-fogo ou uma trégua.
A vitória política já é do Hamas e da resistência palestina.
Esses fatos são fundamentais para a luta revolucionária. Os marxistas em todo o mundo deveriam olhar como uma grande oportunidade essa demonstração de fraqueza do imperialismo. Por isso, o papel de um partido revolucionário é o de impulsionar, da maneira que for possível, a luta dos palestinos.
O que a esquerda pequeno-burguesa vem fazendo no Brasil é um atestado de falência. A maioria sequer dá atenção ao problema da Palestina e a outra, como temos visto nas manifestações, tem medo de se enfrentar com o sionismo e boicota o movimento.
Virar as costas para o que está ocorrendo na Palestina agora é similar a uma esquerda que ignorou a vitória dos vietnamitas ou o triunfo da Revolução Cubana.
A vitória do Hamas e de toda a resistência palestina e o consequente enfraquecimento do imperialismo podem abrir uma etapa revolucionária no mundo todo.