Quem pratica terrorismo é o Estado Sionista de Israel, e não os palestinos e suas organizações.
Nesse sábado (07) os olhos do mundo se voltaram para o Oriente Médio. Todos foram surpreendidos pela ação de militantes palestinos que, liderados pelo Hamas, adentraram em territórios roubados dos palestinos pelo Estado Sionista e seus colonos ilegais.
A ação foi histórica. Palestinos mal armados e com poucos e improvisados recursos realizaram a ação por terra, mar e ar, pegando o regime fascista de Israel de surpresa. Base militares foram conquistadas, veículos militares e armamentos capturados. O número de baixas já ultrapassa o número de dois mil, sendo mais de 900 apenas em israel.
De imediato, como o cão de Pavlov, a imprensa imperialista de conjunto, incluindo a vendida imprensa burguesa brasileira saiu em defesa de Israel e dos sionistas, tratando-os como inocentes vítimas. Os palestinos e o Hamas, por óbvio, estão sendo tratados como terroristas. Sua ação revolucionária e histórica, um exemplo de luta e determinação para todos os povos oprimidos do mundo, está sendo taxada de terrorismo.
Obviamente, a direita e extrema-direita adota a mesma posição. Uns tentam disfarçar cinicamente o fato de que são a favor do esmagamento dos palestinos por Israel e os sionistas. Ficam clamando pela resolução do conflito através do diálogo. Outros são mais diretos e dispensam o cinismo. Exigem uma retaliação para esmagar o Hamas.
Por parte da esquerda, poucos grupos e partidos adotam uma posição firme e consequente em defesa da ação revolucionária do Hamas e demais organizações palestinas que participaram. O presidente Lula, infelizmente, deu uma declaração completamente a reboque da imprensa burguesa, e chamou a ação de terrorista e tratou o Sionismo e seus colonos ilegais como sendo vítimas.
É preciso deixar algo claro. As vítimas são os palestinos! São vítimas de uma política genocida há mais de sete décadas. Política essa realizada diretamente pela ditadura fascista de Israel, este é que basicamente uma base militar dos Estados Unidos para controlar o Oriente Médio.
Há mais de 70 anos palestinos são assassinados pelos sionistas de Israel. No decorrer dos anos, o território que era deles foi lhe sendo tomados pelos terroristas do Sionismo. Chegou-se a um ponto em que os palestinos foram completamente cercados, de forma que Israel criou o maior campo concentração da história. Auschwitz, com o máximo de 40km², feito pelos Nazistas, não chega perto do campo de concentração criado pela ação da ditadura Fascista de Israel. A faixa de gaza tem 365km². Os palestinos são tratados de forma sub-humana. Dezenas de milhares já foram assassinados por Israel.
Assim, a ação encabeçada pelo Hamas nesse sábado não é nada além da revolta de um povo oprimido contra seus opressores. Quem semeia vento colhe tempestade!
Há aqueles que reclamam da violência, ou que usam a carta do antissemitismo como forma de intimidação. Estes ou são cínicos ou não sabem se colocar no lugar de um povo que é esmagado há quase um século, que vive apenas para sobreviver, pois não sabe se no dia seguinte terá sua casa destruída por um colono sionista ilegal; se seus locais de culto serão despeitados; ou se será assassinado por um fascista do Estado Israel.
A revolta dos palestinos é completamente justa! E apoiá-la nunca foi e jamais será antissemitismo. Afinal, há incontáveis judeus que são contra o Estado Sionista de Israel, e o genocídio que praticam contra os palestinos.
Dessa forma, a luta deles deve ser apoiada integralmente por toda a esquerda.
A ideologia fundamentalista do Hamas e demais grupos é irrelevante nessa situação, assim como a ideologia do Talibã era irrelevante no que diz respeito a defender o povo afegão expulsando os EUA do Afeganistão, em 2021.
E, se a derrota em 2021 foi catastrófica, eventualmente a derrota de Israel pelos palestinos e por demais países Árabes será um golpe ainda mais profundo contra o imperialismo.
Embora ainda não se possa afirmar que essa última ação do Hamas resultará em uma vitória tática, não seria exagero prever que resultará em uma vitória estratégica.
A ação pode muito bem ser um ponto de inflexão na luta dos palestinos por sua libertação nacional. Talvez seja sua ofensiva do Tet.
Independentemente do resultado, já é uma ação profundamente revolucionária. E contra o único terrorismo: o de Israel e dos EUA.
E todos que apoiam a luta anti-imperialista, deve apoiar 100% o Hamas e as demais ofensivas que se seguirão.
