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Futebol

Qual o sentido da invasão do choque no meio do clássico no Rio?

Desde o golpe de Estado de 2016, a PM sente-se mais à vontade para aumentar atos de repressão.

No dia 25/03, Flamengo e Botafogo protagonizaram o tradicional clássico no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O Flamengo saiu vencendo por 1 x 0, mas a tropa de choque da polícia militar do Distrito Federal quis roubar o protagonismo das equipes e dos torcedores, invadindo, em marcha, o gramado sem nenhum motivo. Mais uma cena que mostra o avanço da repressão policial na sociedade.

O jogo transcorria naturalmente, com tensões entre jogadores e arbitragem conforme todo grande clássico apresenta, até que a tropa de choque da PM invadiu o gramado como se estivesse avançando contra uma rebelião em um presídio. Não que as ações da PM em presídios sejam naturais ou razoáveis, longe disso, mas esse ato numa arena esportiva demonstra como a polícia, desde o golpe de Estado de 2016, cada vez mais se sente à vontade de cometer suas atrocidades, independente da ocasião. No Rio de Janeiro, por exemplo, existe um destacamento policial especial para os jogos, que é o BEPE. Não foge da natureza repressiva da PM (os torcedores que frequentam estádios no Rio sabem bem disso), mas é menos absurdo que a Tropa de Choque como foi em Brasília. A PM, conforme defende o PCO, deve ser extinta em nossa sociedade. 

O treinador do Botafogo, Luis Castro, teve de agir e peitar os policiais que invadiram o gramado e retirá-los. Talvez por ser uma pessoa portuguesa, a PM, que é capacho da burguesia, não avançou para cima do treinador. Fato é que a reação de Luis Castro foi correta e plausível, não podemos aceitar que a repressão da PM invada as arenas esportivas. Sabemos que esse é um método de controle da burguesia sobre o futebol, um esporte altamente popular na classe operária. 

O treinador botafoguense é uma personagem central e controversa nesse episódio. Ao mesmo tempo em que tomou uma atitude correta diante dos policiais, não pôde deixar de expressar sua visão reacionária e imperialista diante do futebol brasileiro. Na entrevista coletiva, o técnico citou que o clássico, um dos mais importantes do futebol mundial, estava sendo transmitido na Europa, para fortuna dos europeus. Daí ele pergunta que tipo de imagem o futebol brasileiro passava à Europa com a PM em campo, como se fosse importante o que os europeus pensam ou deixam de pensar sobre nosso futebol. 

Contudo, na mesma declaração, o treinador levantou um ponto importantíssimo sobre nosso futebol: ele foi em direção ao árbitro interpelar sobre sua atuação e foi agredido pela PM de choque. Esse é mais autoritarismo que a burocracia burguesa do futebol brasileiro impõe ao jogo: a extrema autoridade sobre o árbitro. Nesse jogo, o atacante botafoguense Tiquinho foi expulso por reclamar de uma decisão do juiz. Ora, se o Tiquinho perde um gol feito, ele é alvo de críticas da imprensa e da torcida; se o treinador escala mal, é alvo de críticas por todos os lados; por que, então, o juiz não pode ser interpelado? Para piorar, o referido jogador pegou um gancho do STDJ, o que mostra a quantas anda a repressão no futebol.

É preciso que os jogadores, profissionais do futebol e, principalmente, os torcedores reajam contra esse tipo de repressão. Não podemos admitir tamanha repressão policialesca no mais democrático dos esportes.

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