No dia 15 de abril, funcionários da fazenda Tejuy atacaram mais uma vez a comunidade Guarani Kaiowá do tekoha Kurupi. O ataque aconteceu na madrugada e resultou na demolição de um dos barracões do tekoha – “o lugar onde se é” para o povo Guarani e Kaiowá – localizado no município de Naviraí, no Mato Grosso do Sul.
O espaço que foi demolido pelos funcionários da fazenda.“Eles derrubaram o barraco, enterraram ele naquela noite e foram embora no sentido da fazenda, mas aí eles voltaram, vieram [de forma] ameaçadora para atacar a comunidade. Foi nesse período que a comunidade avançou”, explicou Kunumi Vera’ju, morador do tekoha Kurupi.
Violência contra índios no Mato Grosso do Sul só aumenta
O ataque aos índios é constante, desde a fome que assola as comunidades, até a situação de abandono e falta de recursos para lavrar a terra, plantar alimentos, criar gado e fazer casas. A situação do índio brasileiro é igual a do pobre e do trabalhador, não tem terra para viver e nem para plantar, quando tem a terra falta o maquinário para utilizar.
É preciso um verdadeiro debate para ver a situação dos povos indígenas do brasil, sua grande maioria está entregue a miséria e todos os problemas que essa situação trás para o cotidiano do povo.
Devido a vulnerabilidade e estar próximo ao latifúndio, os índios são atacados constantemente em suas terras e tem suas casas demolidas e suas benfeitorias ameaçadas.
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A mobilização é necessária para colocar em xeque a política do latifúndio que busca massacrar os povos indígenas, os trabalhadores em geral do campo.