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Mato Grosso do Sul

Guaranis da ‘beira de Dourados’ debatem proposta de Lula

Os índios reconhecem a dificuldade da demarcação destas regiões, no entanto, exigem uma solução concreta e urgente

Em sua visita a Campo Grande, o Presidente Lula lembrou dos índios Guarani-Caiouá de Dourados e sugeriu a compra de fazendas para “recuperar a dignidade do povo” que vive a beira da estrada. Na imprensa local foram repercutidas críticas que partiram de dois lados aparentemente opostos.

Pedro Pedrossian Neto, membro de uma família de tradição política de direita no Estado, fortemente ligada ao latifúndio, hoje deputado Estadual pelo PSD afirmou em reportagem do MidiaMax: “Eles [indígenas] têm tratado os produtores rurais com desrespeito. Comprar uma outra fazenda não é a solução correta para o conflito de terras no Estado”.

Do lado do movimento de apoio aos indígenas, a posição de Lula foi criticada a partir de um ponto mais técnico e jurídico: a compra de terra contraria a legislação nacional e o direito dos índios. As questões ambientais e culturais também foram elencadas pelos apoiadores da causa indígena.

Tomado ao pé da letra, é incerto a quem Lula se referiu pelo termo “guaranis que vivem na beira de Dourados”. Enquanto um aceno político para o Governador do Estado e uma tentativa de mediação, diante de uma situação aparentemente insolúvel de conflito entre indígenas e latifundiários, devemos lembrar que o entorno do anel viário da cidade é com certeza a área de retomada dos Guarani-Caiouá que mais incomoda estes interlocutores.

No último ano, 10 índios daquela área foram presos e outros 5 pedidos de prisão foram expedidos, todos processos do Estado contra quem vive ali e luta em defesa de suas terras. Essas áreas foram atacadas pelo batalhão de choque do MS e pela PF também no último ano. São estas áreas que motivaram a criação da Frente Parlamentar da direita no município de Dourados, presidida pelo Policial Civil licenciado, o vereador Rogério Yuri.

Nas matérias que repercutiram a fala do presidente, apresentaram-se as opiniões e críticas de deputados ligados ao latifúndio e entidades que apoiam a luta indígena, mas nenhum dos índios reais, de carne e osso, com nome, casa e família, que receberam tiros, passaram pelo presídio e estão lutando pela aquela área onde vivem, foi escutado, nem pelos críticos e nem por aqueles que diziam falar em nome dos índios de Dourados.

Na última semana, essas lideranças se reuniram para debater a fala do presidente Lula. Eles não abrem mão das áreas que já ocupam atualmente nas retomadas. Em relação a essas áreas, eles exigem que os ocupantes não-indígenas que os ameaçam, inclusive com arma de fogo, sejam retirados.

Além disso, eles têm certo que mesmo com as retomadas atuais, o espaço está muito aquém do direito que tem e da necessidade demanda pela aldeia mais populosa do Brasil.

O grupo já vem trabalhando em cima de um mapa a partir de relatos de índios que conhecem bem a área tradicionalmente ocupada ao redor da aldeia Jaguapiru e Bororó. Os primeiros esboços de mapas indicam que a área é mais de 10 vezes a área da aldeia atual.

Na área delimitada pelo estudo dos índios existem bairros urbanos já bastante desenvolvidos. Os índios reconhecem a dificuldade da demarcação destas regiões, no entanto, exigem uma solução concreta e urgente.

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