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Ricardo Machado

É dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília e ex-dirigente da CUT-DF. Integra a Coordenação dos Comitês de Luta do DF e faz parte da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO)

Demissão em massa

Pesquisa revela a política de terra arrasada dos banqueiros

Mais nova pesquisa do Ministério do Trabalho constata, mais uma vez, a categoria bancária vem sofrendo sistematicamente a política de demissões dos banqueiros

Pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho através do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostra, mais uma vez, que os banqueiros continuam com a sua política de demissão em massa cujo o objetivo é um só: aumentar os seus lucros, mesmo que isso leve milhares de trabalhadores e suas famílias à miséria.

Enquanto que o emprego no tal Ramo Financeiro, e aí se exclui a categoria bancária, houve um aumento de contratações (esses trabalhadores não estão incluídos na Convenção Coletiva dos Bancários, ou seja, não dispões dos mesmos direitos dos bancários) em que houve um aumento de 16,2 mil empregos nos últimos 12 meses, a categoria bancária vem, sistematicamente, sofrendo com a redução de vagas nos bancos. Segundo esses mesmos dados do Caged, “são nove meses consecutivos de eliminação de vagas na categoria. Em junho, foram eliminadas 89 vagas. No primeiro semestre de 2023, o total acumulado é superior a 5 mil vagas fechadas”. (Dieese Pesquisa do Emprego Bancário nº 25 – agosto de 2023)

Além disso a pesquisa revela que os banqueiros continuam se utilizando da velha tática de demissão de bancários mais antigos com salários um pouco melhor para substituir novos funcionários com salários menores.

O valor médio do salário de um desligado era de R$ 7.496,81, enquanto que o recém-admitido recebe R$ 6.308,16, ou seja, os novos passam a ganhar 84,14% dos desligados.

Essa política dos banqueiros é criminosa, tanto para os trabalhadores bancários que estão sendo descartados como lixo levando milhares de trabalhadores e suas famílias na miséria, quanto para a população, principalmente as mais humildes, que sofre diariamente nas gigantescas filas nas agências bancárias justamente por falta de pessoal nas dependências bancárias. O Brasil é um País de dimensões continentais com mais de 220 milhões de habitantes, com mais de 5 mil municípios e, grande parte deles não estão atendidos por nem mesmo um posto de atendimento bancário.

É conversa dos banqueiros e da imprensa golpista de que as demissões e fechamento de agências é consequência da uma tal modernidade, que hoje as pessoas estão usando cada dia mais os meios eletrônicos, etc. e tal. Todo mundo sabe que as agências continuam superlotadas, que os serviços das dependências administrativas só estão aumentando e que os banqueiros estão utilizando a política de terceirização para substituir os bancários para aumentar os seus lucros.

É preciso criar um amplo movimento de luta a partir de um intenso trabalho de agitação e propaganda junto aos trabalhadores, nos seus locais de trabalho para alavancar a mobilização dos trabalhadores. Levantar um programa imediato pelas reivindicações fundamentais da categoria bancária, contra o fechamento de postos de serviços, contra as privatizações, pelo fim das demissões, pela readmissão dos demitidos, pelo fim das reestruturações, pela estatização do sistema financeiro etc.

*A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário Causa Operária

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