O ex-presidente norte-americano, Donald Trump, foi formalmente indiciado por levar documentos confidenciais à sua casa. Uma acusação abstrata que revela o teor de perseguição direcionado a Trump. Depois de acusações bestas como, por exemplo, subornar uma atriz de filmes adultos, a esquerda pequeno-burguesa, a reboque da direita pró-imperialista, comemora a possível prisão do autor da campanha “Make America Great Again”.
Apesar de ser um direitista, Trump não representa os interesses do setor mais importante da burguesia imperialista. Inclusive, em diversos aspectos sua política se mostra diametralmente oposta a ela, por exemplo, o representante mais popular do Partido Republicano se coloca publicamente contra a guerra na Ucrânia. Chegou a dizer na imprensa que, caso fosse presidente, a guerra acabaria no dia seguinte:
“Antes mesmo de eu chegar ao Salão Oval [na Casa Branca], eu terei acertado rapidamente a guerra desastrosa entre Rússia e Ucrânia. Farei com que os problemas sejam resolvidos rapidamente. Não demoraria mais que um dia”, disse.
Outra proposta que contraria o interesse do grande capital financeiro é sua proposta de trazer o cinturão industrial norte-americano de volta. Apelando a questões concretas, o representante da extrema-direita tem um amplo apoio da classe trabalhadora dos EUA. Enquanto isso, Biden, representante da política “democrática”, apoiado tragicamente por setores da esquerda, tenta se sustentar por meio de políticas vazias, em palavreados supostamente progressistas que, finalmente, não resolvem o problema de ninguém.
Esse setor procura apresentar Trump como criminoso, como o inimigo número um dos norte-americanos, algo que, efetivamente, não está surtindo efeito algum. Muito pelo contrário, estão indiretamente alavancando e acelerando sua ida ao segundo mandato presidencial.
A última pesquisa nacional da Emerson College Polling mostra o apoio de Trump em 55%, em comparação com 25% de DeSantis, outro nome do partido dos Republicanos que pretende se candidatar. Outra pesquisa do Yahoo News/You Gov revelou que a popularidade de Trump está crescendo, com ele liderando por oito pontos em uma disputada hipotética contra DeSantis pela indicação republicana. Isso representa uma mudança líquida de 12 pontos a favor de Trump desde o início do mês passado. Do lado dos Democratas, segundo uma pesquisa da Emerson, 71% dos democratas acham que o presidente Joe Biden deveria concorrer novamente em 2024. Esse cenário indica um confronto entre Biden e Trump em 2024. Segundo dados da imprensa imperialista, o atual presidente teve em 2022 o pior índice da pesquisa de aprovação feita pela Reuters, com apenas 36%.
Esse cenário demonstra que essa política de usar o judiciário e o grande capital para prejudicar um representante popular está fadada ao fracasso. Essa situação é uma escola para o Brasil, em que a esquerda está em festas com a possibilidade de Bolsonaro, líder de extrema-direita, se tornar inelegível. A própria volta triunfal de Lula mostra que a perseguição do Estado contra qualquer indivíduo não freia a sua popularidade.
