Durante a última Análise Política da Semana, programa exibido semanalmente na Causa Operária TV e apresentado por Rui Costa Pimenta, Presidente Nacional do PCO, realizou uma longa exposição, de mais de três horas, focando majoritariamente na guerra travada por Israel contra o povo palestino. Em sua fala, porém, Rui respondeu aos que criticaram o PCO por ter levantado a bandeira do Hamas e acusaram o Partido, erroneamente, de possuírem a mesma política que o Movimento de Resistência Islâmica.
Não se trata, no entanto, de um problema de identidade ideológica. Apesar de ter seu programa político constantemente caluniado, o programa do Hamas segue sem ser o que defende o Partido da Causa Operária. A necessidade de defender não só o Hamas, como todas as outras organizações de luta, surge na medida em que eles estão encabeçando uma luta que, essa sim, é a nossa, ou seja, a luta contra o sionismo e o imperialismo é a luta de todos os povos atrasados e oprimidos, interessando diretamente à classe trabalhadora.
À medida que o programa foi acontecendo, o companheiro Rui destacou que, no próximo ato em defesa da Palestina, o PCO aparecerá com bandeiras de todas as organizações que estão na luta de resistência. Mostrou, respectivamente, as bandeiras da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), da Jiade Islâmica, da Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP) e do Hesbolá, todas as quatro organizações que, ao lado do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), compõem o eixo que luta pela libertação do povo palestino do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo. Todas são organizações de luta que, independentemente da política que carregam, estão na linha de frente, impedindo que o sionismo seja bem sucedido em sua incursão contra a população palestina, sacrificando seu suor e seu sangue na defesa da população e na luta armada contra a tirania.
Frente Popular de Libertação pela Palestina
A FPLP é uma facção da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) estabelecida em 1967, adotando uma abordagem supostamente marxista, com fortes vieses stalinistas, na luta pela libertação da Palestina. Reconhecida por suas atividades de resistência armada contra Israel, a FPLP é um grupo minoritário, mas que defende a autodeterminação e a criação de um estado palestino independente. Ao longo dos anos, enfrentou diversas mudanças tanto na sua direção, quanto na sua política, indo de alinhamentos e distanciamentos com a vendida OLP.
Frente Democrática pela Libertação da Palestina
A FDLP é uma organização política fundada em 1969, sendo criada por um racha da FPLP. A FDLP foi estabelecida com base em ideais também supostamente marxistas e, como a sua origem, também com forte influência stalinista em suas ideias, e busca a libertação da Palestina junto com o fim da ocupação israelense e a criação de um Estado palestino independente. Ao longo de sua história, a FDLP se envolveu em atividades políticas, militares e sociais, defendendo a resistência armada contra Israel. Apesar de tudo, a FDLP é menos proeminente na luta que as outras participantes do eixo de resistência, mas mantém-se firme na oposição ao genocídio.
Jiade Islâmica
A Jiade Islâmica Palestina (JIP) é uma organização militante fundada na década de 1980, com o objetivo declarado de estabelecer um Estado islâmico na totalidade da Palestina e, assim como o PCO, defendendo o fim do Estado de Israel. Diferente do Hamas, a JIP não possui uma presença política tão proeminente e é conhecida sobretudo por suas operações de resistência armada, incluindo ataques com foguetes contra alvos israelenses. A organização tem suas raízes ideológicas no islamismo radical e mantém uma postura firme em relação a Israel, muitas vezes agindo de forma independente das negociações mediadas pelo imperialismo, cuja qual a OLP e a Autoridade Palestina (AP) agem como algozes do próprio povo capitulando diante péssimos acordos supostamente diplomáticos. A Jiade Islâmica Palestina é considerada uma das organizações mais ativas e radicais dentro do conflito israelo-palestino.
Hesbolá
O Hesbolá é uma organização xiita islâmica originária do Líbano, tendo sido fundado também no início da década de 1980, como a JIP e o Hamas, mas durante a ocupação israelense desse país. Surgindo como um movimento de resistência contra a presença militar sionista, o Hesbolá cresceu para se tornar uma influente força política e militar no Líbano. Além de suas atividades militares, o grupo mantém uma ala política e social, fornecendo serviços sociais e estabelecendo-se como uma parte significativa da dinâmica política do Líbano. Ele é conhecido por suas políticas anti-Israel e suas ligações estreitas com o Irã, bem como por seu envolvimento em conflitos regionais, como na Síria, onde apoiou o governo de Bashar al-Assad contra as incursões imperialistas. Sua presença e influência na região do Oriente Médio são consideráveis, com ainda mais considerável apoio entre a população xiita e libanesa.
Partido da Causa Operária
É fundamental compreender o que está acontecendo no momento atual. Independentemente da pressão, seja ela sionista ou de uma federação de grupelhos que não dão a mínima para a luta do povo palestino, o PCO não abrirá mão de sua luta em defesa daqueles que são caluniados pela imprensa burguesa brasileira podre, pelo sionismo, pela imprensa internacional podre e, de forma geral, pelo imperialismo. O PCO é um partido trotskista, ou seja, um grupo militante que se inspira em Leon Trótski, a pessoa mais caluniada do século 20. Procuraram enterrar sua luta debaixo de uma montanha de calúnias e os trotskistas, Trótski em primeiro lugar, nunca abaixaram a cabeça diante dessas calúnias. Não será agora que o PCO, que passou pela ditadura militar, pela crescente onda neoliberal e pelo golpe de Estado, irá abaixar a cabeça diante de uma corja, de uma escória sionista, da Rede Globo e dos bolsonaristas.
