Colonos israelitas recentemente saquearam e incendiaram casas palestinianas em Huwara, perto da cidade ocupada de Nablus na Cisjordânia, matando pelo menos um habitante palestiniano e ferindo dezenas de outros. A campanha que aconteceu em Huwara no domingo à noite foi protegida, planeada, organizada pelo exército israelita. Huwara parecia uma cidade depois de um pogrom. Pessoas bastante horrorizadas e chocadas dentro de suas casas, com medo de sair. Todas as lojas fecharam e o único tráfego que foi permitido foi obviamente o dos colonos.
Posteriormente houve uma declaração do ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que disse que a vila palestina de Huwara “precisa ser exterminada”. Até mesmo o imperialismo não achou argumentos para defender a fala de Smotrich e o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, condenou os comentários de Smotrich. E obviamente só ficou na condenação da fala do ministro e não condenou a ação do exercito israelense realizada na cidade.
Essa ação não foi a primeira. Alguns dias antes, o exército israelita fez um massacre em Nablus e matou 11 pessoas. Este é um padrão bem ensaiado repetido em ataques semelhantes em toda a Cisjordânia. Um grupo de colonos israelenses invade uma aldeia e quando os habitantes jogam pedras contra eles, os soldados disparam contra os palestinos para proteger os israelenses atacantes. Desta forma, o ataque é prolongado e às vezes fatal. Assim, a morte de dois israelenses nas mãos de um palestino serviu de pretexto para dezenas de extremistas invadirem o vilarejo e outras cidades vizinhas, localizadas na província de Nablus, no norte.
Por fim, o mesmo ministro que defendeu o extermínio de Huwara, ganhou formalmente poderes sobre Cisjordânia. Smotrich terá “responsabilidade total” sobre o zoneamento, pesquisas e vendas de terras na Cisjordânia para os colonos, que somam cerca de meio milhão entre 3,1 milhões de palestinos. Isso é quase uma oficialização de anexação da Cisjordania à Israel.