É uma histeria completa! Bastou que alguém fale a palavra “nazismo” para que uma horda de cachorros loucos comecem a pregar a censura e o “cancelamento” na internet.
O caso mais recente é o de Roger Waters. O músico, reconhecidamente de esquerda e anti-fascista, com um posicionamento histórico e público sobre várias questões políticas, foi acusado de nazista pelo lobbie sionista porque em seu show ele faz uma representação de um nazista. O segredo, nesse caso, é que o nazismo representado serve para comparar com a ação do Estado genocida de Israel contra o povo palestino. O lobbie sionista, esse, sim, extremamente fascista, entrou em cena para censurar Waters, com o apoio de um grupo autodenominado “judeus de esquerda”. Pelas posições desse grupo, é possível saber que “de esquerda” ele não tem nada, é apenas uma cobertura para justificar os fascistas sionistas.
Outro caso recente é o do apresentador Monark. A situação dele ficou ainda mais confusa pois ele não tem nenhuma ligação com a esquerda como Waters, mas o que aconteceu com ele foi escandaloso. Em um programa ele defendeu que deveria haver o direito de exsitir um partido nazista. Essa opinião foi o suficiente para que ele fosse desligado de seu canal, tivesse redes derrubadas e a horda dos cachorros de direita e de “esquerda” começessa a latir na internet, xingando Monark de nazista. O PCO, que simplesmente defendeu o direito do apresentador de omitir uma opinião política, também foi alvo dos latidos dos cachorros.
Vale a nota de que Monark foi novamente censurado essa semana por ter criticado Alexandre de Moraes.
Por trás dessa histeria toda está a política imperialista da moda. É a censura contra qualquer pessoa que tenha uma opinião que saia do padrão imposto pelo imperialismo. Mas essa censura é encoberta pelos mais nobres sentimentos morais: a “luta contra o nazismo, o racismo, o sexismo, o fascismo etc”, a “defesa da ecologia”, da “ciência” e por aí vai. É isso o que pega nos cachorrinhos da esquerda de classe média, que acreditam que o imperialismo realmente se preocupa com tudo isso e sai para dar apoio a uma política profundamente reacionária e que logo vai voltar-se violentamente contra o povo.
Bem, à parte dessa histeria “contra o nazismo”, há pelo menos um pedaço de terra no Globo em que o nazismo reina tranquilo. Ou melhor, tranquilo não fossem as ações militares dos russos. Esse lugar é a Ucrânia. Ali, o nazismo desfila pelas ruas, ergue estátuas e derruba outras, faz parte do governo, tem milícias armadas. Ali é o nazismo de verdade está atuando e justamente ali não sofre com censura, cancelamento, nada por parte daqueles que fazem muita histeria por qualquer coisa.
O comportamento em relação aos nazistas ucranianos é a prova de que toda a campanha histérica “contra o nazismo”, que serve para censurar, foi criada nos escritórios da CIA e dos países imperialistas.
Os nazistas ucranianos não apenas podem atuar normalmente. Eles são defendidos, suas ações são justificadas. Na realidade, quando o assunto é esse, a histeria muda de lado. Não é mais o nazismo que é o pretexto para censurar, é a defesa da Rússia. Atacar a Ucrânia, atacar a OTAN se transforma em motivo para a histeria, censura e cancelamento.
O jornal norte-americano The New York Times fez uma reportagem recentemente para dizer que os símbolos nazistas expostos pelas milícias ucranianas era apenas preferências musicais daquelas pessoas, no máximo uma confusão.
Foi muito pertinente a afirmação de Vladimir Putin diante da derrubada por parte do governo ucraniano de uma estátua de Lênin e de monumentos ao soldado vermelho e a substituição por uma estátua do líder fascista e reconhecido colaborador de Hitler, Stepan Bandera:
“Eles estão jogando o fundador da Ucrânia, Lenin, dos pedestais – ok, isso é problema deles. Mas colocar Bandera em seu lugar? Ele é um fascista”. Putin não é esquerdista nem comunista, mas entende que colocar a estátua de um nazista é uma coisa totalmente escandalosa.