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Diferentemente da Argentina

No Brasil, há uma esquerda independente e revolucionária

Enquanto o PCO cresce e se fortalece como uma vanguarda revolucionária, a esquerda argentina experimenta uma profunda crise por conta por seguir os passos dos partidos da burguesia

Estive nos últimos dias em uma breve viagem à Argentina e, de passagem, observei o significativo retrocesso da esquerda portenha.

A política oportunista e de conciliação com diferentes setores da direita (pró-imperialistas, “nacionalistas” etc.) e o abandono de uma perspectiva independente, classista e revolucionária levou a que até agrupamentos que tiveram um importante papel na luta da classe trabalhadora em décadas anteriores retrocedessem e se apresentem muito mais como legendas eleitorais do que como propriamente partidos que buscam organizar a luta da classe operária, com uma política revolucionária diante dos acontecimentos importantes que colocam todos os nossos países em uma situação de profunda polarização politica, de enfrentamento crescente com o imperialismo em um mundo profundamente convulsivas que ameaçam, até mesmo, de levar o mundo a uma terceira guerra mundial.

Uma situação na qual, mais do que nunca, é necessário fortalecer a organização e a mobilização próprias dos explorados, em partidos operários revolucionários, com uma política baseada na defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora.

A esquerda nas eleições

Na Argentina, os tradicionais partidos da esquerda apresentam-se divididos nas eleições gerais que ocorrem em outubro próximo e que têm suas “primárias” com voto obrigatório (PASO), no dia 13 de agosto:

No interior da Frente de Esquerda dos Trabalhadores (FI, na sigla em espanhol), duas frentes disputam quem vai encabeçar a chapa do principal bloco eleitoral da esquerda que se reivindica socialista: Myriam Bregman (presidente) e Gabriel Solano (vice), parlamentares do Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS) e da Esquerda Socialista (IS), enfrentam o deputado distrital da capital argentina Gabriel Solano (presidente) e a dirigente sindical Vilma Ripoll, do Partido Obrero (PO) e do Movimiento Socialista dos Trabajadores (MST), respectivamente. Como no caso de outras forças burguesas, também divididas, as duas sublegendas da FIT prometem se juntar após as primárias, para a disputa de outubro, em função de interesses eleitorais, principalmente a eleição de deputados, transformada em objetivo máximo da maioria da esquerda argentina e brasileira.

A submissão a esse tipo de política típica da burguesia (as “primárias” com enorme influência do poder econômico e do apoio da burguesia e da sua imprensa a um ou outro sector na disputa) foi um dos fatores que levou à divisão do PO, de onde foi expulso se antigo principal dirigente por décadas, Jorge Altamira, que junto com outros ex-dirigentes do Partido, legalizaram neste ano o partido Polo Obrero, e participam pela primeira vez das primárias, com as candidaturas a presidente e vice de Marcelo Ramal (ex-dirigente e ex-deputado distrital pelo PO) e Patricia Urones (ativista ambiental) .

Completa a lista da esquerda o Novo MAS, originário do tradicional partido morenista da década de 80 que apresenta, mais uma vez, a chapa liderada pela socióloga e feminista, Manuela Castañeira, tendo como vice o professor, Lucas Ruiz.

Estas duas últimas chapas lutam para Alan;car nas primárias um índice que lhes permita participar das eleições de outubro, uma exigência do também antidemocrático sistema eleitoral argentino (que o TSE portenho e brasileiro, não nos processe por isso!).

Quase toda a campanha dessas chapas tem como eixos que procuram apresentar que a solução dos problemas dos trabalhadores estaria nas mãos do crescimento eleitoral dessa esquerda eleitoreira, com lemas genéricos tais como: “a saída é pela esquerda”, “a esquerda que se levanta” etc.

No Brasil, crise o PCO

NO Brasil, realizamos no final de semana passado, a 34a. Conferência Nacional do Partido da Causa Operária que reuniu mais de 100 delegados para traçar um balanço da situação política, após seis meses do governo Lula, que sofre enormes pressões do imperialismo e da burguesia golpista, que mantém o controle não só dos bancos e de toda a economia nacional, bem como das principais instituições do regime golpista.

O governo sofre enormes dificuldades até mesmo para implementar medidas bastante limitadas de interesse da população, ao mesmo tempo que a crise capitalista faz aumentar o voraz apetite dos tubarões que comandam a economia e os governos dos países capitalistas, impulsionando uma guerra comercial e uma ameaça de levarem o mundo a novos golpes,  novos conflitos, à terceira guerra mundial etc.

Os que se opõem à política do imperialismo, como o próprio governo Lula, a Rússia, a China e outros países de capitalismo atrasado, são alvos de ataques cada vez mais duros.

Esses ataques são organizados e/ou impulsionados, por todos os lados, seja no terreno da espionagem, das campanhas políticas, dos ataques diretos e indiretos, como nos financiamentos e corrupção de grupos e instituições, e até de ONG’s e de grupos de esquerda por órgãos de propaganda e segurança dos países ricos.

Um sintoma claro da posição golpista do imperialismo se expõe na esquerda filo-imperialista e na imprensa internacional dirigida pela CIA, com a retomada dos ataques contra nosso PArtido, o PCO, partido revolucionário que experimenta um expressivo crescimento político e organizativo no último período, na luta contra o regime golpista e contra o imperialismo.

Depois de ter censurada nossa imprensa na internet, por mais de 8 meses, no período das eleições e em afronta à Constituição Federal, o Partido sofre com acusações, além de uma campanha pseudo-jornalística de calúnias e ataques sem qualquer fundamento.

Tentar neutralizar o PCO é uma política cujo sentido estratégico é impedir a cristalização iminente da vanguarda revolucionária como ator de primeiro plano na política nacional. 

A liquidação do PCO é uma tarefa inviável. O partido está crescendo de modo significativo e tende a se consolidar como o maior partido militante do país.

Uma situação diferente da que enfrentam “nuestros germanos”, e que aponta para uma perspectiva revolucionária que precisa se desenvolver em nosso País e em todo o Mundo, para enfrentar a crise histórica do capitalismo em curso.

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