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Guerra da Ucrânia

Não existe adesão “voluntária” à OTAN

Artigo traduzido pelo Movimento Esquerda Socialista (MES) alega que Organização do Tratado do Atlântico Norte "nunca foi tão popular"

No artigo “Líderes da Esquerda Europeia sobre a Ucrânia: Nem um vestígio de solidariedade”, um longo tratado em defesa do regime de Kiev traduzido pelo Movimento Esquerda Socialista (MES), seu autor, Murray Smith, fundador do Partido Socialista da Escócia, defende que “a OTAN nunca foi tão popular”. Em outras palavras, que a adesão de quinze países atrasados e de um país desenvolvido com histórico de neutralidade em conflitos nos últimos 24 anos seria o resultado de um interesse do conjunto da população dessas nações. Trata-se, evidentemente, de um caso de hospício.

O argumento de sua tese absurda é o de que “se você quiser convencer as pessoas de que o futuro não está em uma aliança militar sob liderança dos EUA, é preciso apresentar a elas uma alternativa com credibilidade”. Isto é, como não haveria nenhuma outra alternativa na Europa que se contrapusesse a Vladimir Putin, a OTAN estaria ganhando por popularidade por combater a Rússia, uma espécie de “preocupação comum” a todos os países europeus.

A OTAN estaria, portanto, sendo a grande “salvadora” das populações europeias, sendo recebida com aplausos e flores por garantir que seu país não fosse invadido pela Rússia! Alguém consegue levar tal coisa a sério?

Um dos casos mais óbvios de que a tese de Smith não se sustenta é o próprio caso que ele quer defender: o caso da Ucrânia. O país com a maior fronteira territorial com a Rússia só passou a articular a sua adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte após um golpe de Estado. Um golpe de Estado, diga-se de passagem, dos mais violentos do último período, que contou com a atuação de milícias fascistas., que incendiaram a Casa dos Sindicatos, em Odessa, matando, somente naquela ocasião, 46 pessoas, ao mesmo tempo em que era impulsionado por Organizações Não Governamentais (ONGs) dos Estados Unidos.

Fosse a adesão da Ucrânia à OTAN algo tão popular, por que ela só começou a ser esboçada após um golpe de Estado que matou trabalhadores nas ruas e proibiu as organizações comunistas?

Mas há muito mais que podes ser dito em relação à OTAN. Na França, há duas eleições, a principal candidata de extrema direita, Marine Le Pen, por pouco não derrota o candidato do imperialismo, Emmanuel Macron. Ela só foi derrotada, inclusive, porque as eleições foram bastante manipuladas. E o que pensa Le Pen? Que seu país não deveria se envolver na OTAN “para não ficarmos mais presos em conflitos que não são nossos”.

Outra consideração importante sobre isso é que, dos 16 países que ingressaram na OTAN na última etapa de adesões, 13 entraram em um período em que a Rússia sequer tinha condições de “ameaçar” alguém, pois estava se recuperando de uma crise social tão profunda, que era mais fácil que o país se desintegrasse, do que viesse a invadir outra nação. As adesões foram as seguintes:

República Checa (1999)
Hungria (1999)
Polônia (1999)
Bulgária (2004)
Eslováquia (2004)
Eslovênia (2004)
Estônia (2004)
Letônia (2004)
Lituânia (2004)
Romênia (2004)
Albânia (2009)
Croácia (2009)

O que fica claro pela declaração de Le Pen e pela própria forma como os Estados Unidos estabeleceram um governo golpista que iria enfim negociar a adesão à OTAN na Ucrânia revelam o óbvio: a OTAN é uma ditadura dos Estados Unidos sobre os países europeus. Sua adesão não ocorre por meio do “desejo” de seus  povos, mas por meio da chantagem, da ameaça e da corrupção de seus governantes.

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