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Dormindo com o inimigo

Miliciana deve sair porque é funcionária da reação burguesa

A presença de determinados elementos no governo servirão apenas para miná-lo por dentro, uma vez que são inimigos do povo, e por fora, pois abrem um flanco para o PIG atacar.

Matéria de Ricardo Bruno, no Brasil 247, “Evangélica, mulher, moradora da Baixada Fluminense, Daniela do Waguinho é vítima de patrulha ideológica”, usa de uma formulação falsa, a do “quanto mais melhor” para defender a permanência de Daniela Carneiro no governo Lula.

Para defender sua posição, R. Bruno utiliza uma fala de Miguel Arraes que é, no mínimo, direitista: “Meu filho, campanha é como açude, pra encher, recebe a água de todo lado, vem inclusive água suja junto. O importante é encher o açude”. Campanha não é como açude, dependendo de quem entrar na composição, vai tornar a água salobra e imprópria para o uso.

Segundo o autor da matéria A lógica de Arraes é a mesma da esmagadora maioria dos candidatos em todo o Brasil. Às vésperas do pleito, fazem tudo o quer for possível para engrossar o conjunto de engajamentos de suas candidaturas. Dizer que uma ‘lógica’ seja utilizada pela ‘esmagadora maioria’ não ajuda em nada. A presença de determinados elementos no governo são um flanco que a burguesia se aproveita para atacar o governo Lula.

Não bastasse isso, de que a imprensa venal esteja atacando a ministra para enfraquecer o governo Lula, a própria Daniela Carneiro pertence ao União Brasil, um partido que só pode atuar contra a nova gestão. Como todos sabem, esse partido é uma fusão do DEM e do PSL (leia), e já deu abrigo a Jair Bolsonaro. Nos seus quadros existem políticos da pior espécie, como ACM Neto.

O seguinte parágrafo do texto chama a atenção: Não há como se lançar uma candidatura, fazer panfletagens, caminhadas, comícios, reuniões em associações comunitárias, sem qualquer tipo de relacionamento com personagens próximos ou vinculados à atividade criminosa. Deveria ser diferente. Mas não é.. Esse tipo de mentalidade denota o quanto setores que se dizem de esquerda se afastam da população, ou a evitam ao máximo. Em vez de procurar os moradores locais, pois eles próprios poderiam fazer essa mediação, a coisa fica na casa do ‘acordo’. Para tudo é melhor que haja pressão popular.

Infiltração

Lula, que é por natureza um conciliador, tem feito inúmeras concessões para conseguir um respiro e poder governar. Apesar de ter colocado políticos como Haddad, Mercadante e Luiz Marinho, que desagradaram muito ao ‘mercado’, tem, ao mesmo tempo, feito concessões à política identitária e da política ‘ambiental’. Esses dois seguimentos dão abertamente financiados por fundações que a CIA utiliza se infiltrar em governos e tentar impedir o desenvolvimento principalmente de países atrasados, como o nosso.

Marina Silva, por exemplo, tem ligações com o Itaú e com George Soros. Trata-se de uma infiltrada no governo. O grande capital internacional, e também o nacional a ele associado, não querem o desenvolvimento da Região Amazônica, que tem riquezas incalculáveis que o imperialismo cobiça. Portanto, precisam que a região fique intocada enquanto avançam no sentido de tentar separar a Amazônia do Brasil.

O mesmo podemos dizer de Sônia Guajajara, uma índia gourmet, que vive no conforto, com internet, mas que lutou contra a usina de Belo Monte. Guajajara chegou a ir aos Estados Unidos para pedir intervenção imperialista na Amazônia.

Ligações perigosas

O que causa uma certa estranheza é o fato de o tempo todo Ricardo Bruno ficar tentando dizer ‘que não há nada de concreto’ contra a ministra como O conjunto de acusações contra a ministra é periférico e inconsistente. Além da famigerada foto, fala-se da irmã, do marido, da prefeitura – nada exatamente sobre o seu CPF. Não há qualquer fato objetivo que revele sequer indícios de conivência ou participação da ministra em atos comprovadamente ilegais”. Mas não se trata disso, se determinado candidato tirou foto ao lado de um chefe do tráfico etc. A questão é o que essa agora ministra representa politicamente.

Não podemos ser ingênuos e acreditar que como diz a matéria, que a ministra Daniela está sendo vítima de preconceito associado à patrulha de grupos ideológicos contrários. Nos opormos a uma política do União Brasil é o mesmo que ‘patrulha ideológica’?

O autor não se contém e ataca a esquerda e afirma que A sua presença no primeiro escalão  tem a simbologia de mostrar ao Brasil a abertura efetiva de diálogo com setores que durante a campanha se mostraram inexpugnáveis à esquerda. Ajuda a delinear o perfil de um governo de efetiva coalizão popular, para além dos estereótipos da esquerda . E, apesar de não ter procuração do petista para falar em seu nome, cravou que “Lula teve exatamente este propósito”.

Ricardo Bruno considera um progresso a nomeação de Daniela Carneiro e de Marcelo Freixo, “seu subordinado. Um combinação improvável a favor da reconstrução do Brasil”. Não é improvável, aliás, é muito previsível. Marcelo Freixo tem se mostrado um arrivista sem freios. Já esteve no Psol, saiu para cuidar da própria vida no PSB; não deu muito certo e agora pulou para o PT. Trata-se de uma espécie de Ciro Gomes da esquerda, que já passou por uns dez partidos até estacionar no PDT.

Freixo, que fez corpo mole na campanha para a libertação de Lula, achava que a palavra de ordem “Lula Livre” não agregava, ou não mobilizava, foi o primeiro a ir beijar a mão do petista após sua soltura, e não perdeu tempo em subir no palanque montado em São Bernardo para sair na foto com Lula.

Peso morto

O que está acontecendo com o governo Lula é que estão se aproximando verdadeiros pesos mortos para compor os quadros de primeiro e segundo escalão. Com certeza vão criar problemas. Essa mistura com índios gourmet, ambientalistas do grande capital, ministras bolsonaristas, identitários etc., não pode dar certo.

É preciso livrar o governo dessa gente. Para o bem do governo e para que possamos implementar políticas que realmente atendam às necessidades da classe trabalhadora, é necessário mandar para fora esses que, seguramente, vão sabotar o quanto puderem.

A direita tem explorado essas debilidades do governo recém-formado e já partiu para o ataque. É importante que se coloque apenas pessoas com compromisso com os trabalhadores em cargos-chave. É urgente, também, que se impulsione o fortalecimento dos Comitês de Luta, para que assim se forme o quanto antes a base de apoio que fará com que o governo aprove medidas a favor do povo.

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