Neste sábado (8), foi iniciada a cúpula do G20, em Nova Déli, na Índia, a primeira sessão do encontro recebeu o nome “Um planeta Terra” como objetivo de abordar questões referentes ao meio ambiente. O evento foi aberto com a demagogia que o imperialismo busca impor aos países de economia atrasada, nada diferente do que se esperava.
O presidente Lula buscou manobrar sobre o tema, o qual já se referiu em outros momentos como “neocolonialismo verde”, exigindo dos países desenvolvidos maiores investimentos e denunciou os gastos com armas que superaram US$ 2 trilhões. A estratégia do líder brasileiro expõe o cinismo do imperialismo, se há uma preocupação real do imperialismo com a questão ambiental, espera-se que esses países liderem pelo exemplo, e não que se restrinjam a impor regras aos demais.
Em seu discurso, Lula falou sobre a importância de desenvolver formas de energia renovável e de baixa emissão de carbono. Evidentemente, não se deve deixar de fazer investimentos em pesquisas e novas tecnologias no setor energético. Porém, apesar de não expor apresentar em seu discurso, o presidente já deixou claro que não abre mão de explorar o petróleo, que se trata de uma riqueza que pode alavancar a economia brasileira e indústria, gerando empregos e assistência para milhões de miseráveis.
O ciclone que atingiu a região a noroeste da capital do Rio Grande do Sul e deixou pelo menos 40 pessoas mortas, além de uma centena de feridos e milhares de desabrigados, também mencionado sem grande discussão na fala do presidente brasileiro. É importante destacar que este caso nada tem a ver com mudanças climáticas, há uma série de estudos que apontavam tal fenômeno da natureza. Neste caso, se faz necessário denunciar que o governo de Eduardo Leite do PSDB não implementou qualquer ação preventiva.
Sobre essa questão, cabe destacar que, assim como os governos golpistas de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o governador tucano e representante da política neoliberal acabou com as verbas destinadas para combater desastres ambientais. Em virtude dessa falta de investimento, as enchentes, por exemplo, dentre outros fenômenos da natureza, causam grandes prejuízos à população. Os recursos que deveriam garantir a infraestrutura das cidades estão sendo drenados pelos bancos por meio de medidas como Teto de Gastos.
O líder brasileiro vem se comportando conforme o ambiente. Em fóruns como BRICS, onde há uma correlação de forças favorável, fica perceptível a radicalização de sua política no sentido oposto ao imperialismo. Em outros terrenos, Lula busca conciliar, como é o caso do G20 e outros fóruns dominados pelo imperialismo. É possível perceber que Lula está buscando despistar os setores opositores, fazendo como quem dança música e, ao mesmo tempo, vai avançando em sua política externa.