Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Demarcação Já!!!

Justiça manda despejar índios em Porto Alegre/RS

É preciso que o governo federal coloque um real debate sobre a condição dos povos originários, a Ministra Sônia Guajajara não representa o índio brasileiro,é um caricatura do índio

Os povos indígenas Kaingang e Xokleng, estão ameaçados de serem despejados do território no Morro Santana, em Porto Alegre, diante da ameaça receberam manifesto de apoio de 38 entidades sociais pela Retomada Gãh Ré.

“A área é reivindicada pelos indígenas há mais de uma década e tem como base, além dos relatos orais das comunidades, estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) que apontam indícios seculares da presença Kaingang no Morro Santana. A ocupação mais recente iniciou em outubro de 2022, mas outra já havia sido realizada em 2010”.

Riedel manda polícia prender três índios em Rio Brilhante/MS
A situação indígena tem agravado, ao mesmo tempo em que buscam o reconhecimento da área como terra indígena, os Kaingang e Xokleng enfrentam na justiça a disputa da área com a empresa Maisonnave Companhia de Participações, que já tem autorização para construir no local um condomínio de prédios residenciais.

No final de 2022, a justiça deu favorável a empresa as terras que por direito é dos indígenas. Comenta: “pela gravidade da situação, as organizações sociais, ambientais e culturais (…) manifestam seu repúdio” às decisões desfavoráveis aos povos instalados no território. “da fauna e da flora de seus territórios milenares”, o manifesto encerra pedindo “um basta a decisões que não contemplem a cosmovisão dos povos originários deste país” e dizem esperar “que haja sensibilidade dos órgãos responsáveis pela política indigenista” para “que seja iniciada a demarcação da área”.
Índios ocupam terreno para impedir desmatamento na Paraíba
Muito se fala sobre o índio, porém de forma romantizada, pois a condição o índio é igual à maioria da população brasileira que mora de forma precária e sempre ameaçada de despejo. É preciso levantar uma real bandeira dos povos indígenas do Brasil, precisam de terra e condições para cultivar e explorar as terras.

É preciso que o governo federal coloque um real debate sobre a condição indígena, a Ministra Sônia Guajajara não representa o índio brasileiro, é uma caricatura do índio norte-americano dizimado pelos ingleses.

É preciso organizar comitês de autodefesa para armar o índio contra as ameaças das multinacionais e do latifúndio, pois com romantismo o índio até hoje foi apenas marginalizado da sociedade. Os povos indígenas querem as benesses do capitalismo.

 Identitários defendem que índios permaneçam na extrema pobreza
https://www.youtube.com/watch?v=YtcBKpG05WY

MANIFESTO EM APOIO À RETOMADA GAH RÉ

Vidas indígenas importam!

Revoltada com a decisão de reintegração de posse determinada pela juíza Clarides Rahmeier, da 9ª Vara Federal de Porto Alegre, a cacica Kaingang Gah Té vem lutando com todas as suas forças para defender os povos Kaingang e Xokleng, chegando a fazer greve de fome em dezembro de 2022 para defender a Terra Indígena ameaçada. Tudo para que o Morro Santana seja demarcado e protegido, o que é o justo, já que a presença dos povos ancestrais não é de agora, tanto que seus antepassados se estabeleceram e foram sepultados na área.

O suplício de Gah Té e de sua comunidade deve ser atribuído à insensibilidade de integrantes da Justiça brasileira, que, indiferentes à história de genocídio sistemático e secular impetrado no Brasil, sentencia a favor de família de banqueiros, contra irmãos indígenas que lutam pela sobrevivência diária, preservando a fauna e a flora de seus territórios milenares. São eles as nossas únicas esperanças de preservação do ambiente natural. Esta situação drástica vivida pela cacica e sua comunidade evidencia que ainda persistem no Brasil resquícios da cultura colonialista que alimentam e fortalecem o racismo estrutural e levam a cabo os projetos genocidas contra nossas culturas originárias.

Pela gravidade da situação, as organizações sociais, ambientais e culturais abaixo assinadas manifestam seu repúdio à decisão da juíza Clarides Rahmeier – que concedeu liminar de reintegração de posse contra os indígenas, mantida pela desembargadora Marge Inge Tessler, do TRF-4 – e clamam por justiça para os povos originários. Em pleno século 21, não é mais possível aceitar a negação dos direitos dos povos indígenas, como a retomada dos seus territórios ancestrais, que são a base de sua sobrevivência, cultura, costumes, saberes e tradições milenares.

A retomada multiétnica Kaingang e Xokleng – Gah Ré ocorre desde outubro de 2022 no Morro Santana, em Porto Alegre. Na reintegração de posse, o argumento é que a área é de “propriedade privada” e só o que os indígenas têm é “a invocação da ancestralidade”. Entretanto, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) já divulgaram estudos apontando indícios da presença Kaingang há séculos no Morro Santana. Os estudos constam dos autos, em agravo de instrumento interposto pelo Ministério Público Federal (MPF) e advogados que representam os indígenas, mas que foram ignorados pelas magistradas.

A decisão da Justiça Federal beneficia uma família de banqueiros e especuladores imobiliários ligados ao Grupo Maisonnave, que pretendem construir um condomínio habitacional de edifícios com mais de 11 andares e 800 vagas para estacionamento. A cacica Gah Té anunciou que está colocando sua vida em defesa da terra, da natureza e da fauna daquele lugar. Mas ela não desiste, inclusive já tendo ido à Brasília para buscar apoio do novo governo, que se espera mais sensível às causas sociais, em especial dos povos e comunidades mais vulneráveis.

É preciso dar um basta a decisões que não contemplem a cosmovisão dos povos originários deste país. Esperamos que haja sensibilidade dos órgãos responsáveis pela política indigenista. Que seja iniciada a demarcação da área e que os demais desembargadores do TRF-4 levem em consideração os artigos 231 e 232 da Constituição Federal. Que sejam lidos e interpretados de acordo com a tradição e os preceitos dos povos indígenas.

Assinam este manifesto as entidades abaixo listadas:

Associação Gaúcha de Proteção do Ambiente Natural – AGAPAN

Instituto de Arquitetos do Rio Grande do Sul – IAB/RS

BR CIDADES – RS

Associação Rio Grandense de Artes Plásticas Francisco Lisboa

Livre Atelier Livre

Agência Livre Para Informação, Cidadania e Educação – ALICE

Instituto Zoravia Bettiol

Instituto Brasileiro de Direito Urbanistico – IBDU

Comissão Pastoral da Terra – CPT

Sindicato dos Servidores da Justiça – SINDJUS/RS

Associação dos Juristas pela Democracia – AJURD/RS

Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares – RENAP

Associação Brasileira de Juristas pela Democria – ABJD/RS

Comitê Pró Democracia

Movimento de Justiça de Direitos Humanos – MJDH

Associação de Amigos e Amida da Cinemateca Capitólio – AAMICA

Movimento Roessler para Defesa Ambiental

Associação Ijuiense de proteção ao Ambiente Natural – AIPAN

Instituto MIRA-SERRA

Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas – GESP

Coletivo Cidade na Luta

Coletivo Cidade Que Queremos

Grupo teatral Cuidado Que Mancha

Coletivo Prosperarte

Coletivo Teatro da Crueldade

Companhia de Solos & Bem Acompanhados

Fórum de entidades e cais cultural

Grifo-jornal de humor

Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – SindJoRS

Instituto Zen Maitreya

Conselho Indigenista Missionário – CIMI

Associação dos Escultores do Estado do Rio Grande do Sul – AEERGS

União Protetora do Ambiente Natural – UPAN

Núcleo de Ecojornalistas – NEJ

Associação Cultural Rádio Ipanema Comunitária

Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais – INGÁ

Movimento Preserva Zona Sul

Mobilização e Ativisbo – SerAção

Nota da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural:

APOIO À RETOMADA GAH RÉ

A proteção ao ambiente natural é tão importante para nós que os fundadores da Agapan fizeram questão de colocar esse valor no nome da entidade, em 1971. Entendemos que as comunidades indígenas são protetoras por natureza e, por isso, recebem o nosso total apoio. Vocês, indígenas, sabem conviver sem destruir o ambiente natural, pois se reconhecem como parte da natureza, diferente dos não indígenas, que, em boa parte, cada vez mais se afastam e perdem a conexão com o sistema complexo da vida.

A preservação deste território indígena é sinônimo de esperança para a humanidade.

Contem sempre com o nosso apoio, pois o lema da Agapan é “A Vida Sempre em Primeiro Lugar”.

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2023.

Heverton Lacerda, Presidente

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.