Na madrugada do dia três de fevereiro, os Índios do Tekoha Laranjeira Nhanderú avançam para retomar suas terras e realizam a ocupação da Fazenda “Inho”, no município de Rio Brilhante/MS. A área é historicamente reivindicada pelos índios nos processos de demarcação e está incluída no Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) desde 2007 e que nada foi feito pelo governo desde então. Os índios vendo a situação de vida piorando, não aguentam mais a morosidade da justiça e decidem retomar suas terras através da autodemarcação..
Logo após a retomada da Fazenda Inho pelos índios Guarani, o Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, comandado pelo tucano Eduardo Riedel e seu secretário de Justiça, o ex-delegado da Polícia Cível Antonio Carlos Videira, enviou a polícia para reprimir os índios de maneira totalmente ilegal, sem a presença da Funai e sem ordem judicial.
A mando do governador, a polícia atuou violentamente sem ordem judicial e impediu a FUNAI de entrar na área, despejou famílias indígenas e ainda levou três índios presos.
Ao contrário do que dizem, Eduardo Riedel não tem nada de democrata e muito menos um de um governo aberto ao ‘diálogo’. É um governo dos latifundiários e da violencia contra os integrantes da luta pela terra, tanto que já organizou o “Leilão da Resistência” para levantar dinheiro para financiar a pistolagem contra as ocupações de terra e manteve em seu governo o carniceiro Antonio Carlos Videira como secretário da Justiça do estado. Videira foi um dos responsáveis pelo Massacre do Amambay no ano passado, que por ordens do governo, a PM atacou os índios com munição letal, matando um índio e ferindo outra dezena.
Recentemente, Eduardo Riedel em evento com as forças de repressão do estado disse que não iria aceitar invasões de terra.“A gente tem uma posição muito clara aqui no Estado: nós vamos manter a ordem. Nós não podemos titubear diante de desordem ou invasões quaisquer que sejam. Nós temos que garantir o direito de propriedade”, disse.
É preciso denunciar o governo do latifundiário e pistoleiro Eduardo Riedel e formar grupos de autodefesa para se defenderem da violência do latifúndio e do estado, e ainda exigir a libertação imediata dos companheiros indígenas presos na luta pela terra.