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Injustiça do TJD

Jogador Tiquinho é punido por encarar árbitro

O judiciário contra os trabalhadores esportistas e todos os demais

O Tribunal de Justiça Desportiva do RJ (TJD) deu um gancho de 8 jogos pelo jogador ter encarado o árbitro. Onde nem violência física de fato ocorreu. Um absurdo sem nenhuma ligação com a realidade dos fatos ocorridos em campo.

Sequer poderia haver um tribunal desportivo, bastava um “conselho de clubes” para decidir consensualmente os fatos ocorridos e as punições cabidas. Afinal não são criminos, são atletas desportivos, selecionados pelos clubes.

Como disse o Tiquinho em sua defesa, “não foi minha intenção agredir o dependente. Em quinze anos de carreira isso nunca me aconteceu. Teve uma falta não marcada e eu xinguei ele. Depois me irritei com a expulsão. Eu não dei cabeçada nele, apenas uma encarada e me arrependo do que aconteceu.”

E por isso a 5ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do RJ (TJD-RJ) o condenou com 8 jogos de suspensão e multa de três mil reais. O juiz Tarcizo Pinheiro Caetano registrou que recebeu uma cabeçada do jogador do Botafogo. Isso mostra o que é arbitrariedade e o que o poder do estado é capaz de fazer até mesmo com atletas, o que dirá com o povo em geral. Penas excessivas para infrações corriqueiras. É como usar um canhão para matar uma barata. Nem sequer a possibilidade de enquadramento do ato em “desacato” foi aceita.

Só que as coisas não param por aí. Na mesma partida entre Botafogo e Flamengo no Mané Garrincha, foram doze cartões para os jogadores. Três jogadores do Botafogo foram expulsos, Tiquinho, Marçal e Carli, além de mais quatro cartões amarelos. Houve invasão do campo e arremessos de garrafas de água. O Flamengo teve cinco cartões e os juízes precisaram sair de campo escoltados pela polícia, senão poderiam ser linchados. 

Já Fernando Marçal, lateral esquerdo do Botafogo, foi condenado por “ofender a honra” do juiz e por chutar o microfone ao sair de campo. A pena foi de cinco jogos de suspensão e três mil reais de multa.

O Botafogo, que teve o mando do jogo no Mané Garrincha, foi absolvido pelas invasões de campo já que os torcedores foram identificados e detidos, e também pela falta de luz. Mas pelos arremessos de objetos no campo foi condenado a dois jogos sem mando e multa de trinta mil reais. Como pode alguém ser condenado por ato de outra pessoa? Mesmo que seja um clube, é considerado pessoa jurídica. Isso tem alguma coisa de justiça? Ou de justo?

Toda essa arbitrariedade conta tem o propósito de utilizar os excessos na aplicação de penalidades, irritando tanto os torcedores quanto os jogadores e denegrindo a imagem do esporte brasileiro, já duramente atacado pelo imperialismo, que inclusive prejudicou o desempenho da seleção brasileira na copa mundial passada, levando o país a perder a copa pela enorme pressão contra os jogadores e equipe técnica.

A função dos tribunais é de suma importância nesse processo utilizado pelos “cartoles” identitários do futebol Tanto o TJD como o STJD vão na mesma direção da burguesia imperialista, que quer impor um estado policialesco para o povo pobre e trabalhador. Tratam os jogadores e todos os atletas, como trabalhadores e usam o mesmo tratamento destinado aos trabalhadores, com xingamentos e tratamento com desprezo, e por mais que ganhem bem sofrem imensas perseguições dentro dos campos.

O poder judiciário, não eleito pelo voto do povo, tem sido utilizado como o agente principal do imperialismo, por ser um poder que está servindo diretamente à burguesia e não conta com nenhuma participação do povo. Através dele está sendo levada a cabo a maior perseguição a toda a classe operária no Brasil e também nos demais países, onde as condenações tem por objetivo impedir a participação do povo trabalhador nos processos políticos, a exemplo do impedimento de Dilma, a prisão ilegal do Lula, o mesmo com Cristina Kirshner, etc.

O mesmo acontece com os atletas do futebol, principal esporte nacional que empolga a quase totalidade do povo. Proíbe-se quase tudo, até mesmo de pensar, e quem não cumprir o que o judiciário determina arbitrariamente sofre penas altíssimas por coisas corriqueiras que acontecem desde sempre por forte empolgação na atividade tanto desportiva como no dia a dia do povo. Como chutar um objeto, xingar e ofender no calor da hora, e até um olhar mais duro é motivo de penalidades.

O que a ditadura fez através de armas e dos militares nas ditaduras anteriores, agora é feito através do judiciário, com encarceramentos muito questionáveis e penas que tem por objetivo manter o povo em rédeas curtas, calados,em silêncio e sem atuar nas ruas. Isso sem mencionar as violências que são cometidas diariamente contra toda a população através do aparato repressivo do estado.

Para se ter uma ideia, ao pesquisar na internet o título “exemplos de penas excessivas contra jogadores pelo tjd e stjd” aparecem opções de situações onde os jogadores foram supostamente excessivos nas faltas cometidas. As notícias encontradas foram de racismo, homofobia e “identitárias”, tanto por parte dos atletas como dos torcedores em campo e nas ruas. E não aparece nada do que a justiça comete diariamente, nem da desportiva nem da justiça comum contra os trabalhadores. Isso revela o que o sistema está fazendo contra o povo. Não vê quem não quer.

Essa “justiça” contra os trabalhadores conta com imenso apoio da imprensa capitalista. Só aparecem notícias que interessam ao grande capital e portanto contra o povo. Portanto é imperioso que haja um grande movimento para a extinção do poder judiciário em todos os níveis e que haja eleição para os novos juízes, até que o povo esteja organizado em conselhos populares nos bairros, nas empresas e escolas para ele próprio eleger e destituir os juízes e demais funcionários do estado em todos os níveis. 

Só o povo é capaz de continuar a desenvolver as forças produtivas e levar a humanidade à justiça de fato, à igualdade e liberdade que o próprio povo queira como modelo. Afinal a voz do povo é a voz suprema na sociedade. Como diria Lenin, todo o poder aos sovietes.

Acompanhe mais noticias sobre o futebol, seguindo os links abaixo, no jornal mais lido da esquerda e sempre a favor dos trabalhadores.

Identitários querem educar o futebol com repressão

Rivais e imprensa comemoram lesão no tornozelo de Neymar

https://www.youtube.com/watch?v=2WmT51msRzw

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