PVC, acrônimo do comentarista esportivo Paulo Vinicius Coelho, em sua coluna no UOL, braço digital do jornal da família Frias em sua longa exposição sobre educação no futebol, finalizou um de seus artigos dizendo:
“O Brasil precisa de um grande pacto pela educação.
Isso vale para o país. Mas, neste momento, especificamente neste momento, ou o futebol acaba com a falta de educação ou a falta de educação termina com o futebol brasileiro….”
Tanta gritaria por algo que desde os primórdios do futebol acontece nos gramados: brigas, socos e pontapés. Dessa vez, foi no jogo entre Sergipe e Botafogo pela Copa do Brasil 2023
Resumo da história, o time de Sergipe estava praticamente classificado para a segunda fase da Copa do Brasil vencendo o Botafogo por um a zero quando, aos 54 minutos do segundo o tempo o time visitante marca um gol de escanteio e empata o jogo. Com o resultado, o Botafogo se classificou para a segunda fase e o Sergipe deu adeus a copa.
Após o apito final do árbitro, os jogadores e comissão técnica partiram para cima do Juiz Bráulio da Silva Machado Nisso, o presidente do Sergipe, Ernan Sena, agrediu o juiz o qual foi acudido pelo bandeira que desferiu uma bandeirada no presidente abrindo-lhe o supercílio e jogando o seu óculos longe.
Com a derrota o Sergipe deixou de ganhar mais ou menos 1,2 milhão de reais, o que vai fazer muita falta ao time sergipano que tem uma folha mensal de apenas 200.000,00 mil reais mensais.
Não entrando no mérito de que se o jogo foi roubado ou não, o que não seria estranho considerando que o Sergipe é um time pequeno do Nordeste e o Botafogo é um dos grandes times do eixo Rio/São Paulo, o colunista do UOL se levantou contra a falta de educação dos sergipanos, sejam eles jogadores, comissão técnica e população do estado.
E pediu então um pacto pela educação no futebol, colocando o tal pacto acima da educação em geral.
Ninguém sabe em que a tal educação ajudaria na situação que aconteceu ontem no jogo. Será que se os jogadores fossem educados, eles se conformariam com o resultado controverso e até desejariam boa sorte aos botafoguenses?
Façamos um paralelo com a guerra na Ucrânia: será que se os moradores de Donbass e Lugansk fossem legais e educados com os nazistas do batalhão Azov eles parariam de matá-los?
O que o colunista do UOL está propondo em suma é, se você for roubado, se acalme, seja bom moço e acredite na justiça, terrena ou divina, pode escolher a menos pior.
A atitude identitária dos meios de comunicação em relação até mesmo a um jogo de futebol revela até que nível o imperialismo quer controlar o país.
O controle do que se fala e o que se pensa nos remete ao nazismo e ao marcartismo norte americano onde qualquer um que se atrevesse a falar ou pensar determinadas coisas era perseguido, preso, torturado e assassinado.
É preciso se colocar contra essa pauta e mobilizar torcedores, clubes e dirigentes para enfrentar os identitários e seus representantes no país. Se nada for feito qualquer falta de educação poderá ser motivo para o cancelamento e até mesmo a prisão daqueles que não rezam segundo a cartilha do identitarismo.
